A menos que aconteça algum terremoto político, a repercussão do programa estadual do PT da Bahia deve dominar a pauta da cobertura da imprensa e das conversas sobre eleições.
Na Assembléia Legislativa da Bahia, os governistas ficaram à beira de um ataque de nervos diante do impacto e partiram para o ataque. Estavam sob o efeito das reações iradas que vieram do Palácio de Ondina, onde os cardeais do PFL se reuniram para ver o programa.
O silêncio sepulcral só era interrompido pela chegada das informações dos técnicos que monitoravam os diversos grupos de pesquisa qualitativa montado pela "inteligentsia" pefelista.
A julgar pelo tom dos discursos dos deputados que têm a ingrata missão de defender um governo de "faz de contas" o tiro certeiro feriu, mas não matou.
Para o presidente estadual do PT, Marcelino Galo, o programa "feriu o PFL na alma do negócio, que é a propaganda." Segundo Marcelino, o sucesso do programa se deve a dois grandes acertos: revelar para a população o quanto o governo Lula tem ajudado a Bahia e o quanto o PFL tem sido desleal, ao omitir quem financia vários dos seus principais projetos. "Um governo que constrói sua imagem apenas em propaganda também pode ser desconstruído com propaganda", conclui Marcelino.
Na sessão de terça, os debates atingiram temperatura elevada como há muito não se registrava no gélido plenário da Assembléia Legislativa. Valmir esteve na linha de frente, revezando-se na tribuna com os outros deputados da oposição, que se serviram da farta munição oferecida pelo programa do PT para fustigar os governistas. "Temos orgulho em dizer que o governo Lula é parceiro dos baianos, tanto que o nosso estado está em primeiro lugar no número de benefícios do Bolsa Família, e se isso acontece é porque o PFL não conseguiu desenvolver a Bahia e só promoveu a concentração de renda", alfineta o deputado.
Ele se somou aos que criticam a atitude do PFL, que muda nomes de programas e esconde a informação de quem banca várias ações. "Paulo Souto não teria o que mostrar se não fosse a ajuda do governo Lula, que não discrimina adversários como é a marca dos pefelistas baianos", acrescenta.
Segundo Valmir, a ajuda não é pequena, e se não foi maior, é porque o governador não reivindica: "desafio o líder da maioria a apontar uma única reivindicação do governo estadual que tenha sido negada pelo presidente Lula, e é por isso que precisamos eleger Jaques Wagner governador, para que os baianos tenham um líder que lute por recursos que promovam realmente o desenvolvimento da Bahia", provoca Valmir.
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