A TV estatal Al-Iraquiya, do Iraque, confirmou a execução do ex-ditador Saddam Hussein por enforcamento às de 1h30 de hoje. A morte, que já tinha sido antecipada pela emissora local Al Hurra e a TV árabe Al-Arabiya, ocorreu por volta das 6h30 locais (1h30 de Brasília) e foi registrada em fotos e vídeo.
As imagens deverão ser divulgadas em breve. Um dos advogados de Saddam também já tinha confirmado a execução.
A execução do iraquiano ocorreu após muitas especulações, que começaram na terça-feira quando foi confirmada sua sentença pela Corte de Apelações.
Saddam foi condenado à morte em 5 de novembro deste ano por um tribunal iraquiano pelo massacre de 148 xiitas na aldeia de Dujail, em 1982. O caso foi considerado crime contra a humanidade. Entretanto, o maior motivo é a perseguição norte-americana na caça às bruxas após o atentado de 11 de Setembro de 2001.
O presidente George W. Bush decidiu invadir o Iraque com o pretexto de desarmar o que seria um perigo terrorista. Disse que Saddam tinha armas químicas, o que acabou sendo desmentido, já que tais armas nunca apareceram. Entretanto, Bush seguiu com sua missão de apossar daquele país, grande produtor de petróleo em escala mundial.
O ex-ditador foi morto no sábado, antes do amanhecer, para não haver choque com tradições religiosas da "Al-Adha", quando não se podem praticar execuções. As celebrações só terminam na próxima quinta-feira.
Poucas horas antes da execução, as filhas do ex-líder iraquiano, exiladas na Jordânia, pediram que o corpo do pai fosse temporariamente sepultado no Iémen, pelo menos até o Iraque ser um país livre.
30 dezembro 2006
24 dezembro 2006
Boas Festas, Feliz Natal e Próspero Ano Novo
____---___________Paz
________---______União
_______---______Alegrias
_______---_____Esperanças
________---___Amor Sucesso
____---______Realizações•Luz
___---______Respeito Harmonia
___---_____Saúde• Solidariedade
___---____Felicidade • Humildade
_--_____Confraternização • Pureza
_---____Amizade•Sabedoria • Perdão
__---__Igualdade•Liberdade•Boa Sorte
_--__Sinceridade •Estima •Fraternidade
--__Equilíbrio • Dignidade • Benevolência
--_Fé • Bondade Paciência Brandura Força
--Tenacidade Prosperidade Reconhecimento
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal_______________
________---______União
_______---______Alegrias
_______---_____Esperanças
________---___Amor Sucesso
____---______Realizações•Luz
___---______Respeito Harmonia
___---_____Saúde• Solidariedade
___---____Felicidade • Humildade
_--_____Confraternização • Pureza
_---____Amizade•Sabedoria • Perdão
__---__Igualdade•Liberdade•Boa Sorte
_--__Sinceridade •Estima •Fraternidade
--__Equilíbrio • Dignidade • Benevolência
--_Fé • Bondade Paciência Brandura Força
--Tenacidade Prosperidade Reconhecimento
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal_______________
07 novembro 2006
Descabida identificação de internautas
O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santana, considerou "descabida" a proposta de se exigir a identificação dos usuários de internet, que consta do projeto de lei que tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A proposta está na pauta de votações de amanhã da Comissão e trata de crimes praticados na rede mundial de computadores, como pedofilia e pornografia infantil.
"Essa parte do projeto é ruim e inócua", disse Santana sobre a exigência de identificação. O secretário participou de seminário na Câmara dos Deputados sobre a universalização da internet. Na opinião dele, a identificação se tornará inócua porque acabará levando os brasileiros a utilizarem provedores fora do País, já que a internet não tem fronteiras. A proposta também foi criticada hoje, no mesmo seminário, pelo consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara.
Rogério Santana disse que hoje já é possível chegar às pessoas que cometem crimes pela internet pelo endereço IP, que é um código que identifica o computador que está sendo usado para se conectar à rede. "Essa proposta é uma combinação de um espírito sensor com um desconhecimento do setor", avalia.
Ele acredita que a questão passa necessariamente pela discussão da governança da internet, com a criação de mecanismos mais rápidos de solução de controvérsias. "É preciso ter um fórum para isso. Seria uma OMC (Organização Mundial do Comércio) da internet", afirmou.
"Essa parte do projeto é ruim e inócua", disse Santana sobre a exigência de identificação. O secretário participou de seminário na Câmara dos Deputados sobre a universalização da internet. Na opinião dele, a identificação se tornará inócua porque acabará levando os brasileiros a utilizarem provedores fora do País, já que a internet não tem fronteiras. A proposta também foi criticada hoje, no mesmo seminário, pelo consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara.
Rogério Santana disse que hoje já é possível chegar às pessoas que cometem crimes pela internet pelo endereço IP, que é um código que identifica o computador que está sendo usado para se conectar à rede. "Essa proposta é uma combinação de um espírito sensor com um desconhecimento do setor", avalia.
Ele acredita que a questão passa necessariamente pela discussão da governança da internet, com a criação de mecanismos mais rápidos de solução de controvérsias. "É preciso ter um fórum para isso. Seria uma OMC (Organização Mundial do Comércio) da internet", afirmou.
06 novembro 2006
Tucanos querem censurar blogs e e-mails
Veja quem quer a censura: logo ele, o "pai" do Valerioduto
Às vésperas da votação na Comissão de Constituição de Justiça do Senado, o substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), pai do valerioduto, O projeto de lei que obriga a identificação dos usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros ponto mais polêmico é a identificação dos internautas que naveguem por serviços brasileiros em que haja interatividade, ou seja, tenham a participação do usuário.
"A junção de vários projetos em um só é um trabalho insano e os resultados podem ficar longe do esperado. Estão querendo reinventar a roda e assim colocar todo um sistema em risco", dizAntónio Tavares, presidente da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet. Afinal, já é possível identificar os autores de cibercrimes, a partir do registro do IP (protocolo internet) utilizado pelos usuários quando fazem uma conexão. O número IP é uma espécie de digital deixada pelos internautas. A partir dele, chega-se ao computador e, por conseguinte, pode-se chegar a um criminoso
Perigos que a insana censura tucana pode trazer
Os bancos de dados com informações de cunho pessoal podem ficar expostos a uma possível devassa judicial, além do risco de extravio para fins ilegais.
As obrigações excessivas impostas pelo projeto, apontam as entidades provedoras, vai custar mais para as empresas e os usuários podem ter de pagar mais pelos serviços.
Lobby
O relator do projeto é o criador do valérioduto senador Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas Gerais. O mentor das mudanças é o assessor de Azeredo José Henrique Portugal, ex-dirigente do Serpro, estatal federal de processamento de dados. O presidente da ONG Safernet diz que, por trás da identificação e da certificação prévias dos usuários da internet, está o lobby das empresas de certificação digital, espécie de cartórios virtuais, que atestam a veracidade de informações veiculadas pela internet. De acordo com ele, o projeto está na contramão da democratização do acesso à internet, ou inclusão digital, pretendida pelo governo.
Com informações de Maurício, do blog PTlhando
Às vésperas da votação na Comissão de Constituição de Justiça do Senado, o substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), pai do valerioduto, O projeto de lei que obriga a identificação dos usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros ponto mais polêmico é a identificação dos internautas que naveguem por serviços brasileiros em que haja interatividade, ou seja, tenham a participação do usuário.
"A junção de vários projetos em um só é um trabalho insano e os resultados podem ficar longe do esperado. Estão querendo reinventar a roda e assim colocar todo um sistema em risco", dizAntónio Tavares, presidente da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet. Afinal, já é possível identificar os autores de cibercrimes, a partir do registro do IP (protocolo internet) utilizado pelos usuários quando fazem uma conexão. O número IP é uma espécie de digital deixada pelos internautas. A partir dele, chega-se ao computador e, por conseguinte, pode-se chegar a um criminoso
Perigos que a insana censura tucana pode trazer
Os bancos de dados com informações de cunho pessoal podem ficar expostos a uma possível devassa judicial, além do risco de extravio para fins ilegais.
As obrigações excessivas impostas pelo projeto, apontam as entidades provedoras, vai custar mais para as empresas e os usuários podem ter de pagar mais pelos serviços.
Lobby
O relator do projeto é o criador do valérioduto senador Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas Gerais. O mentor das mudanças é o assessor de Azeredo José Henrique Portugal, ex-dirigente do Serpro, estatal federal de processamento de dados. O presidente da ONG Safernet diz que, por trás da identificação e da certificação prévias dos usuários da internet, está o lobby das empresas de certificação digital, espécie de cartórios virtuais, que atestam a veracidade de informações veiculadas pela internet. De acordo com ele, o projeto está na contramão da democratização do acesso à internet, ou inclusão digital, pretendida pelo governo.
Com informações de Maurício, do blog PTlhando
11 outubro 2006
Novos rumos - A vitória no segundo turno
Estamos comemorando a memorável vitória de Wagner, ainda que entristecidos por Emiliano, a quem este blog declarou apoio e muito sobre ele publicou, não ter sido eleito. Sua luta, o seu combate ao coronelismo baiano, o enfrentamento ao clã dos Magalhães ficarão como emblemas da campanha. É um grande prejuízo para o Congresso Nacional. O Brasil não sabe o que perdeu, porém, Emiliano continua de mangas arregaçadas e está trabalhando a pleno vapor para elegermos Lula no segundo turno.
Comemoramos também a expressiva vitória de Paulo Rangel, nos apresentado pelo companheiro Zé Maria, a quem também declaramos apoio, principalmente pela seriedade que ostenta. Seu cuidado e respeito com a coisa pública, não tendo utilizado sua condição de primeiro coordenador do Luz para Todos em sua promoção, disputando uma eleição com lisura e honestidade.
A luta agora é outra. Vem aí a nova batalha de Lula.
Estaremos empenhados de corpo e alma na luta pela reeleição de Lula no segundo turno.
Como já publicamos, toda a blogosfera deve estar atenta para combater a imprensa suja e cumplíce dos vendilhões do País.
Não podemos descansar. Estaremos atentos a tudo. Dividiremos as tarefas de forma organizada, para que nossa voz possa ecoar por todo o Brasil.
Aos companheiros internautas, informamos que ao acessarem os blogs www.amigosdopresidente.com ou o www.tucanoduto.com , serão automaticamente redirecionados para o blog www.amigosdabahia.blogspot.com . Aqui iremos concentrar todos os nossos esforços. Os endereços www.amigosdopresidente.blogspot.com e www.tucanoduto.blogspot.com continuarão disponíveis, porém com pouco conteúdo.
Vamos à luta companheiros. A vitória no segundo turno depende de todos nós.
Eudes Paiva
02 outubro 2006
Wagner é o nosso governador. Lula continua nosso presidente!
Essa parceria é melhor pra Bahia
Que Wagner é o nosso governador, não há mais dúvidas. Lutamos para chegarmos ao segundo turno e ganhamos no primeiro. Era a nossa certeza, mas precavidos apenas lutamos. Não fomos ufanistas.
Durante todo o tempo em que a crise perpetrada pela direita brasileira tentou empanar a imagem de Lula, não descansamos em nossa missão de na guerra eletrônica combater a imprensa podre do nosso País. Conseguimos.
Sem este tipo de esforço, sem as noites que passamos sem dormir convocando a militância e as verdadeiras pessoas de bem do nosso querido mas pobre Brasil, jamais conseguiríamos mostrar ao nosso povo a verdadeira face da imprensa.
Nosso intento era que elegendo Lula no primeiro turno, ele montaria sua tenda na Bahia para levar Wagner à vitória no segundo. Aconteceu o contrário. Agora Wagner montará tendas por todo o Brasil para levarmos Lula á vitória no segundo turno. Fará o seu trabalho como fez quando era ministro.
Não esqueçamos que Lula disse a Wagner que não deveria ir ao sacrifício, quando lhe pediu para ser dispensado do ministério para concorrer ao governo da Bahia. O sacrifício agora é nosso. Lula vai ficar no Planalto. Vamos lutar. Vamos mostrar o que é a direita podre do País.
Onde erramos?
Não importa. porém nos últimos dias, nossa guerra eletrônica esfriou-se. Ficaram escassas as mensagens, os chamamentos e o combate eletrônico foi substituído pela militância em campo e nas ruas, deixaram seus computadores e foram ao corpo-a-corpo. Eu mesmo fiz isso. Deixei três blogs e diversas comunidades do orkut sem a devida atenção. Resultado: a imprensa triunfou! Vamos retomar nossos postos.
Estamos no segundo turno e temos a certeza da vitória. Não mais vamos abandonar os nossos postos. Dividiremos as tarefas. A guerra contra a imprensa suja não pode ser interrompida. Seremos vigilantes.
Vamos vencer no segundo turno. À luta companheiros! Vamos combater o bom combate.
Vereador Eudes Paiva.
Que Wagner é o nosso governador, não há mais dúvidas. Lutamos para chegarmos ao segundo turno e ganhamos no primeiro. Era a nossa certeza, mas precavidos apenas lutamos. Não fomos ufanistas.
Durante todo o tempo em que a crise perpetrada pela direita brasileira tentou empanar a imagem de Lula, não descansamos em nossa missão de na guerra eletrônica combater a imprensa podre do nosso País. Conseguimos.
Sem este tipo de esforço, sem as noites que passamos sem dormir convocando a militância e as verdadeiras pessoas de bem do nosso querido mas pobre Brasil, jamais conseguiríamos mostrar ao nosso povo a verdadeira face da imprensa.
Nosso intento era que elegendo Lula no primeiro turno, ele montaria sua tenda na Bahia para levar Wagner à vitória no segundo. Aconteceu o contrário. Agora Wagner montará tendas por todo o Brasil para levarmos Lula á vitória no segundo turno. Fará o seu trabalho como fez quando era ministro.
Não esqueçamos que Lula disse a Wagner que não deveria ir ao sacrifício, quando lhe pediu para ser dispensado do ministério para concorrer ao governo da Bahia. O sacrifício agora é nosso. Lula vai ficar no Planalto. Vamos lutar. Vamos mostrar o que é a direita podre do País.
Onde erramos?
Não importa. porém nos últimos dias, nossa guerra eletrônica esfriou-se. Ficaram escassas as mensagens, os chamamentos e o combate eletrônico foi substituído pela militância em campo e nas ruas, deixaram seus computadores e foram ao corpo-a-corpo. Eu mesmo fiz isso. Deixei três blogs e diversas comunidades do orkut sem a devida atenção. Resultado: a imprensa triunfou! Vamos retomar nossos postos.
Estamos no segundo turno e temos a certeza da vitória. Não mais vamos abandonar os nossos postos. Dividiremos as tarefas. A guerra contra a imprensa suja não pode ser interrompida. Seremos vigilantes.
Vamos vencer no segundo turno. À luta companheiros! Vamos combater o bom combate.
Vereador Eudes Paiva.
30 setembro 2006
TESES EQUIVOCADAS SOBRE O VOTO EM LULA
Cinco idéias falsas que impedem a adequada compreensão de como se formaram as intenções a favor da reeleição
Por Marcos Coimbra
A íntegra da pesquisa CartaCapital/Vox Populi pode ser encontrada na edição impressa.
A quinta rodada da pesquisa CartaCapital/Vox Populi, realizada, entre 16 e 19 de setembro, a apenas dez dias da eleição, confirma os principais resultados das que fizemos nas últimas semanas, daqueles de nossa rodada anterior, nos dias 26 e 27 de agosto, e das realizadas por outros institutos no mesmo período: o favoritismo de Lula e as grandes chances de ele vencer as eleições no primeiro turno.
Lei Pelé
O preconceito de que o eleitor não sabe votar é a base para muitos dos erros de análise
O favoritismo do presidente permanece e até aumenta, se consideramos que o tempo é cada vez mais curto para seus adversários. Com três quartos do horário eleitoral já transcorridos, não houve qualquer redução de sua vantagem sobre a soma das intenções de voto nos demais candidatos. Em agosto, contra os 50% de Lula, somavam 36% seus adversários; nesta última pesquisa, ele tem 51% e os outros, juntos, 34%.
Por outro lado, reforçou-se a tendência à consolidação das intenções de voto em Lula, que vinha acontecendo desde os primeiros dias, após o começo do horário eleitoral: no fim de agosto, a relação entre voto espontâneo e estimulado já era muito alta, de 86%, e agora chega a 90%, sugerindo que apenas um em cada dez eleitores que pensam votar Lula é “menos definido”, o que se confirma com os 86% que afirmam estar “decididos e não pretendem mudar de idéia” sobre esse voto.
Lula está melhor hoje que, por exemplo, Fernando Henrique em meados de setembro de 1998, quando faltavam poucos dias para a sua reeleição. Em pesquisa nossa de então, FHC tinha 41% na espontânea e 49% na estimulada, índices inferiores, ainda que pouco, aos que Lula alcança nesta pesquisa.
Será que os acontecimentos dos últimos dias, com as novas trapalhadas de petistas dentro e fora do governo, vão mudar esse favoritismo? Será que o “dossiê” contra Serra, com suas ridículas maquinações e personagens, vai atingir o presidente?
Pode-se dizer, com segurança, que, passados os primeiros três dias com o assunto em pauta, nada ocorreu. Se daqui para a frente algo vai acontecer, só nos resta esperar para saber. Entretanto, somos livres para especular.
Pessoalmente, acredito que Lula continua favorito para ganhar as eleições no dia 1º de outubro, pela simples razão de que ele tem já, por tudo que as pesquisas indicam, um número de eleitores decididos amplamente suficiente para isso. Ou seja, as pessoas que dizem ter certeza de que vão votar em Lula bastam, mesmo se desistirem todos os que apenas quando estimulados optam por seu nome, chocados pelo assunto do “dossiê”.
Os “decididos” por Lula chegaram a essa conclusão depois de um longo período de consideração, que foi amadurecendo desde quando, com o “mensalão”, tiveram de pensar se era mesmo em Lula que iriam votar nas eleições de 2006. Para chegar à conclusão que dizem ter chegado, tiveram de pensar muito e avaliar denúncias até mais graves que as de hoje, pois envolviam diretamente o governo e pessoas muito mais centrais que o submundo atualmente em discussão. Se aqui chegaram “firmes”, não parece ser pelo que estão ouvindo agora, quando faltam dez dias para a eleição, que vão mudar. Tudo isso, é claro, se forem as que conhecemos as “novas denúncias”.
Talvez seja a hora, então, de nos perguntarmos qual a natureza do voto em Lula, porque tanta gente diz pretender votar nele, tanta, que tudo aponta para sua vitória em primeiro turno. Mais que um exercício acadêmico, isso pode ser essencial para que saibamos, como País, tirar das eleições que se avizinham aprendizagem e conseqüências, seja para o próximo quadriênio, seja para o futuro.
Parece-me que o primeiro passo é desfazer alguns equívocos que, a meu ver, têm impedido a adequada compreensão do que são e de como se formaram as intenções de voto em Lula. São cinco as principais teses equivocadas, que circulam quase desimpedidas no discurso de ampla porção de nossas elites, na sociedade e entre “formadores de opinião”:
1ª O voto em Lula é um voto “cínico”
É impressionante como essa suposição está presente nas opiniões e avaliações sobre a provável vitória de Lula este ano. Desde leigos a pessoas que se acham muito informadas, passando por eleitores que, eles próprios, pensam em votar no presidente, forma-se o sentimento de que é o “cinismo” do eleitor que explica o fato de Lula estar à frente.
Subjacente a essa idéia, parece estar o argumento que, para quem pretende votar em Lula, ética, moral, respeito às leis, são palavras sem sentido. Aceitar Lula é, assim, aceitar o vale-tudo e o jogo sujo, seja por concordar com ele, seja por não acreditar que exista alternativa.
Quem vê os eleitores de Lula dessa maneira não tem idéia de como foi traumático, para a quase totalidade deles, o “mensalão” e tudo que com ele veio à tona. Aquelas denúncias levaram os eleitores a uma revisão profunda de suas opiniões sobre o presidente e o PT, com a qual se debateram durante meses. Quem, como nós, acompanhou esse processo, através de inúmeras pesquisas, qualitativas e quantitativas, sabe que muitos desses, incluindo eleitores que sempre haviam votado Lula, hoje estão pensando em votar nos demais candidatos. Outros, como as mesmas pesquisas mostram, decidiram-se por Lula, mas nunca ignorando ou menosprezando o “mensalão”.
O voto em Lula não é, portanto, um voto de quem “não está nem aí” para a ética. Lula está sendo votado apesar do “mensalão” e não porque o “mensalão” é irrelevante para seus eleitores.
2ª O voto em Lula é um voto “burro”
Quando procuram “explicar” as razões de uma vitória de Lula, muitas pessoas em nossa elite ficam perplexas com a “burrice” do eleitor, que não consegue entender o “mensalão” e “tudo o que ele quer dizer” sobre Lula e seu governo. A isso se agrega a visão de que eleitores educados não votam Lula, sendo apenas entre analfabetos que está sua intenção de voto.
Os dados dessa e de muitas outras pesquisas não mostram isso, ao contrário. Lula não perde de Alckmin em nenhum nível de escolaridade e, em seu pior desempenho, empata com ele entre pessoas com escolaridade mais alta. Ou seja, há tantos eleitores com educação superior pensando em votar Alckmin, quanto em Lula.
Quanto ao argumento da “incapacidade de entender o mensalão”, o que estamos vendo é que muitos eleitores, sem desconhecê-lo (e sem achar que é irrelevante), apenas não fizeram aquilo que a oposição a Lula, ao que parece, queria que fizessem: que julgassem Lula e seu governo com o único critério do “mensalão”. Assim procedendo, ou seja, se recusando a uma avaliação tão simples e unidimensional, revelaram-se capazes de um julgamento mais “sofisticado” e complexo, tudo menos “burro”.
3ª O voto em Lula é um voto “manipulado”
Uma terceira maneira de desqualificar o voto de eleitores que pensam em Lula é dizer que é um voto “manipulado” por mistificações de vários tipos, da comunicação e do marketing, mas, especialmente, do Bolsa-Família, o “mensalinho” dos muito pobres, como se chegou a dizer.
Essa tese não se sustenta em nada de sólido. As evidências de que o Bolsa-Família “explica” o voto em Lula nas famílias beneficiárias, ao contrário, são muito frágeis. Para sustentar o argumento, seria necessário mostrar, por exemplo, que eleitores de famílias análogas, mas onde não há beneficiários, votam de maneira significativamente diferente, coisa que, até agora, não foi demonstrada com adequado rigor.
Se, no plano individual, a prova é, no mínimo, inconclusiva, no plano coletivo é menos ainda. Se fosse verdade que o programa tem esse tipo de impacto, seria razoável esperar que, em cidades onde a cobertura é maior, a propensão a votar em Lula aumentasse, seja por haver mais beneficiários diretos, seja por haver ganhos indiretos (no comércio, especialmente) que seus habitantes creditassem a ele.
Com base em pesquisas como as que fazemos, nós e os demais institutos, não se pode dizer isso, nem de longe. O que temos, quando classificamos os municípios incluídos em nossa amostra em categorias de cobertura, indo de “baixa”, “média”, “alta” a “muito alta”, é que todos os tipos de município tendem a votar de maneira semelhante. Ou seja, não há qualquer relação entre viver em municípios de “baixa” ou “muito alta” cobertura e votar ou não votar em Lula.
O Bolsa-Família é importante fator de voto em Lula, ainda que menos, para o eleitorado popular, que a política de salários e de preços que, em seu entender, o governo pratica e que é boa. Ambos são uma confirmação do que mais esperavam de Lula como presidente, por tudo o que ele tinha sido na vida: alguém que ia fazer diferença exatamente aí, nas condições de vida dos mais pobres. O Bolsa-Família é muito mais significativo como símbolo, do que como a “esmolinha” que muitos imaginam que é. O programa é a promessa cumprida, o compromisso básico que Lula honrou.
4ª O voto em Lula é um voto “nordestino”
Das teses não substanciadas sobre o voto em Lula, a que mais facilmente se desmente é a que afirma que “Lula ganha por causa do Nordeste”, por isso se entendendo que sua vitória seria uma oposição entre o Brasil “moderno” e o “atrasado”. Na fantasia de alguns articulistas, trazendo riscos de chegar à “ruptura” entre os dois.
Uma simples observação da tabela abaixo mostra que essa idéia não se sustenta:
Em outras palavras e ao contrário do que imaginam muitos: Lula parece ter condições de vencer as eleições no primeiro turno, com ou sem o voto do Nordeste. É fato que ele tem muitos votos na região, mas também é verdade que ele é votado, e muito, no que essas pessoas pensam ser o Brasil “moderno”.
5ª O voto em Lula é um voto de “miseráveis”
A última de nossas teses equivocadas (que poderiam ser até mais, tantas são as concepções sem fundamento atualmente em curso) é outra em que nossa elite parece acreditar piamente: Lula vai ser eleito pelos “miseráveis” e contra a vontade do resto do País.
A base para esse equívoco é a apressada leitura de resultados de pesquisas, amplamente propagadas por parte da imprensa, que mostrariam que Lula perde “de muito” nas classes de renda mais alta, mas compensa esse “fracasso” com alta intenção de voto entre os muito pobres. Entre esses (e aí este se liga ao equívoco anterior), Lula vence, pois “comprou” seu voto com as migalhas que distribui.
Qualquer profissional de pesquisa sabe que tirar conclusões de subamostras muito limitadas não é admissível. Na maior parte das vezes, no entanto, é isso o que ocorre: em uma amostra nacional com 2 mil entrevistas (qualquer que seja o tamanho de eventuais expansões estaduais), entrevistados de famílias com mais de dez salários mínimos de renda, são cerca de cem, se não se fizer uma cota específica. Em um estrato desse tamanho, a margem de erro pode passar de 30%, tornando qualquer interpretação puro exercício de fantasia.
Para indicar quão frágil é o argumento, podemos ver na tabela abaixo o resultado das respostas sobre intenção de voto entre pessoas com esse nível de renda, em uma amostra cumulativa com cerca de mil entrevistados, ou seja, com tamanho adequado:
O que os dados mostram é que Lula e Alckmin estão muito próximos na intenção de voto desse tipo de eleitor, a rigor empatados, na margem de erro, nacionalmente. Não há, portanto, razão para dizer que o voto em Lula é “miserável”. Considerando apenas os segmentos com renda relativamente mais elevada, ele tem tantos votos quanto o candidato do PSDB.
Por Marcos Coimbra
A íntegra da pesquisa CartaCapital/Vox Populi pode ser encontrada na edição impressa.
A quinta rodada da pesquisa CartaCapital/Vox Populi, realizada, entre 16 e 19 de setembro, a apenas dez dias da eleição, confirma os principais resultados das que fizemos nas últimas semanas, daqueles de nossa rodada anterior, nos dias 26 e 27 de agosto, e das realizadas por outros institutos no mesmo período: o favoritismo de Lula e as grandes chances de ele vencer as eleições no primeiro turno.
Lei Pelé
O preconceito de que o eleitor não sabe votar é a base para muitos dos erros de análise
O favoritismo do presidente permanece e até aumenta, se consideramos que o tempo é cada vez mais curto para seus adversários. Com três quartos do horário eleitoral já transcorridos, não houve qualquer redução de sua vantagem sobre a soma das intenções de voto nos demais candidatos. Em agosto, contra os 50% de Lula, somavam 36% seus adversários; nesta última pesquisa, ele tem 51% e os outros, juntos, 34%.
Por outro lado, reforçou-se a tendência à consolidação das intenções de voto em Lula, que vinha acontecendo desde os primeiros dias, após o começo do horário eleitoral: no fim de agosto, a relação entre voto espontâneo e estimulado já era muito alta, de 86%, e agora chega a 90%, sugerindo que apenas um em cada dez eleitores que pensam votar Lula é “menos definido”, o que se confirma com os 86% que afirmam estar “decididos e não pretendem mudar de idéia” sobre esse voto.
Lula está melhor hoje que, por exemplo, Fernando Henrique em meados de setembro de 1998, quando faltavam poucos dias para a sua reeleição. Em pesquisa nossa de então, FHC tinha 41% na espontânea e 49% na estimulada, índices inferiores, ainda que pouco, aos que Lula alcança nesta pesquisa.
Será que os acontecimentos dos últimos dias, com as novas trapalhadas de petistas dentro e fora do governo, vão mudar esse favoritismo? Será que o “dossiê” contra Serra, com suas ridículas maquinações e personagens, vai atingir o presidente?
Pode-se dizer, com segurança, que, passados os primeiros três dias com o assunto em pauta, nada ocorreu. Se daqui para a frente algo vai acontecer, só nos resta esperar para saber. Entretanto, somos livres para especular.
Pessoalmente, acredito que Lula continua favorito para ganhar as eleições no dia 1º de outubro, pela simples razão de que ele tem já, por tudo que as pesquisas indicam, um número de eleitores decididos amplamente suficiente para isso. Ou seja, as pessoas que dizem ter certeza de que vão votar em Lula bastam, mesmo se desistirem todos os que apenas quando estimulados optam por seu nome, chocados pelo assunto do “dossiê”.
Os “decididos” por Lula chegaram a essa conclusão depois de um longo período de consideração, que foi amadurecendo desde quando, com o “mensalão”, tiveram de pensar se era mesmo em Lula que iriam votar nas eleições de 2006. Para chegar à conclusão que dizem ter chegado, tiveram de pensar muito e avaliar denúncias até mais graves que as de hoje, pois envolviam diretamente o governo e pessoas muito mais centrais que o submundo atualmente em discussão. Se aqui chegaram “firmes”, não parece ser pelo que estão ouvindo agora, quando faltam dez dias para a eleição, que vão mudar. Tudo isso, é claro, se forem as que conhecemos as “novas denúncias”.
Talvez seja a hora, então, de nos perguntarmos qual a natureza do voto em Lula, porque tanta gente diz pretender votar nele, tanta, que tudo aponta para sua vitória em primeiro turno. Mais que um exercício acadêmico, isso pode ser essencial para que saibamos, como País, tirar das eleições que se avizinham aprendizagem e conseqüências, seja para o próximo quadriênio, seja para o futuro.
Parece-me que o primeiro passo é desfazer alguns equívocos que, a meu ver, têm impedido a adequada compreensão do que são e de como se formaram as intenções de voto em Lula. São cinco as principais teses equivocadas, que circulam quase desimpedidas no discurso de ampla porção de nossas elites, na sociedade e entre “formadores de opinião”:
1ª O voto em Lula é um voto “cínico”
É impressionante como essa suposição está presente nas opiniões e avaliações sobre a provável vitória de Lula este ano. Desde leigos a pessoas que se acham muito informadas, passando por eleitores que, eles próprios, pensam em votar no presidente, forma-se o sentimento de que é o “cinismo” do eleitor que explica o fato de Lula estar à frente.
Subjacente a essa idéia, parece estar o argumento que, para quem pretende votar em Lula, ética, moral, respeito às leis, são palavras sem sentido. Aceitar Lula é, assim, aceitar o vale-tudo e o jogo sujo, seja por concordar com ele, seja por não acreditar que exista alternativa.
Quem vê os eleitores de Lula dessa maneira não tem idéia de como foi traumático, para a quase totalidade deles, o “mensalão” e tudo que com ele veio à tona. Aquelas denúncias levaram os eleitores a uma revisão profunda de suas opiniões sobre o presidente e o PT, com a qual se debateram durante meses. Quem, como nós, acompanhou esse processo, através de inúmeras pesquisas, qualitativas e quantitativas, sabe que muitos desses, incluindo eleitores que sempre haviam votado Lula, hoje estão pensando em votar nos demais candidatos. Outros, como as mesmas pesquisas mostram, decidiram-se por Lula, mas nunca ignorando ou menosprezando o “mensalão”.
O voto em Lula não é, portanto, um voto de quem “não está nem aí” para a ética. Lula está sendo votado apesar do “mensalão” e não porque o “mensalão” é irrelevante para seus eleitores.
2ª O voto em Lula é um voto “burro”
Quando procuram “explicar” as razões de uma vitória de Lula, muitas pessoas em nossa elite ficam perplexas com a “burrice” do eleitor, que não consegue entender o “mensalão” e “tudo o que ele quer dizer” sobre Lula e seu governo. A isso se agrega a visão de que eleitores educados não votam Lula, sendo apenas entre analfabetos que está sua intenção de voto.
Os dados dessa e de muitas outras pesquisas não mostram isso, ao contrário. Lula não perde de Alckmin em nenhum nível de escolaridade e, em seu pior desempenho, empata com ele entre pessoas com escolaridade mais alta. Ou seja, há tantos eleitores com educação superior pensando em votar Alckmin, quanto em Lula.
Quanto ao argumento da “incapacidade de entender o mensalão”, o que estamos vendo é que muitos eleitores, sem desconhecê-lo (e sem achar que é irrelevante), apenas não fizeram aquilo que a oposição a Lula, ao que parece, queria que fizessem: que julgassem Lula e seu governo com o único critério do “mensalão”. Assim procedendo, ou seja, se recusando a uma avaliação tão simples e unidimensional, revelaram-se capazes de um julgamento mais “sofisticado” e complexo, tudo menos “burro”.
3ª O voto em Lula é um voto “manipulado”
Uma terceira maneira de desqualificar o voto de eleitores que pensam em Lula é dizer que é um voto “manipulado” por mistificações de vários tipos, da comunicação e do marketing, mas, especialmente, do Bolsa-Família, o “mensalinho” dos muito pobres, como se chegou a dizer.
Essa tese não se sustenta em nada de sólido. As evidências de que o Bolsa-Família “explica” o voto em Lula nas famílias beneficiárias, ao contrário, são muito frágeis. Para sustentar o argumento, seria necessário mostrar, por exemplo, que eleitores de famílias análogas, mas onde não há beneficiários, votam de maneira significativamente diferente, coisa que, até agora, não foi demonstrada com adequado rigor.
Se, no plano individual, a prova é, no mínimo, inconclusiva, no plano coletivo é menos ainda. Se fosse verdade que o programa tem esse tipo de impacto, seria razoável esperar que, em cidades onde a cobertura é maior, a propensão a votar em Lula aumentasse, seja por haver mais beneficiários diretos, seja por haver ganhos indiretos (no comércio, especialmente) que seus habitantes creditassem a ele.
Com base em pesquisas como as que fazemos, nós e os demais institutos, não se pode dizer isso, nem de longe. O que temos, quando classificamos os municípios incluídos em nossa amostra em categorias de cobertura, indo de “baixa”, “média”, “alta” a “muito alta”, é que todos os tipos de município tendem a votar de maneira semelhante. Ou seja, não há qualquer relação entre viver em municípios de “baixa” ou “muito alta” cobertura e votar ou não votar em Lula.
O Bolsa-Família é importante fator de voto em Lula, ainda que menos, para o eleitorado popular, que a política de salários e de preços que, em seu entender, o governo pratica e que é boa. Ambos são uma confirmação do que mais esperavam de Lula como presidente, por tudo o que ele tinha sido na vida: alguém que ia fazer diferença exatamente aí, nas condições de vida dos mais pobres. O Bolsa-Família é muito mais significativo como símbolo, do que como a “esmolinha” que muitos imaginam que é. O programa é a promessa cumprida, o compromisso básico que Lula honrou.
4ª O voto em Lula é um voto “nordestino”
Das teses não substanciadas sobre o voto em Lula, a que mais facilmente se desmente é a que afirma que “Lula ganha por causa do Nordeste”, por isso se entendendo que sua vitória seria uma oposição entre o Brasil “moderno” e o “atrasado”. Na fantasia de alguns articulistas, trazendo riscos de chegar à “ruptura” entre os dois.
Uma simples observação da tabela abaixo mostra que essa idéia não se sustenta:
Em outras palavras e ao contrário do que imaginam muitos: Lula parece ter condições de vencer as eleições no primeiro turno, com ou sem o voto do Nordeste. É fato que ele tem muitos votos na região, mas também é verdade que ele é votado, e muito, no que essas pessoas pensam ser o Brasil “moderno”.
5ª O voto em Lula é um voto de “miseráveis”
A última de nossas teses equivocadas (que poderiam ser até mais, tantas são as concepções sem fundamento atualmente em curso) é outra em que nossa elite parece acreditar piamente: Lula vai ser eleito pelos “miseráveis” e contra a vontade do resto do País.
A base para esse equívoco é a apressada leitura de resultados de pesquisas, amplamente propagadas por parte da imprensa, que mostrariam que Lula perde “de muito” nas classes de renda mais alta, mas compensa esse “fracasso” com alta intenção de voto entre os muito pobres. Entre esses (e aí este se liga ao equívoco anterior), Lula vence, pois “comprou” seu voto com as migalhas que distribui.
Qualquer profissional de pesquisa sabe que tirar conclusões de subamostras muito limitadas não é admissível. Na maior parte das vezes, no entanto, é isso o que ocorre: em uma amostra nacional com 2 mil entrevistas (qualquer que seja o tamanho de eventuais expansões estaduais), entrevistados de famílias com mais de dez salários mínimos de renda, são cerca de cem, se não se fizer uma cota específica. Em um estrato desse tamanho, a margem de erro pode passar de 30%, tornando qualquer interpretação puro exercício de fantasia.
Para indicar quão frágil é o argumento, podemos ver na tabela abaixo o resultado das respostas sobre intenção de voto entre pessoas com esse nível de renda, em uma amostra cumulativa com cerca de mil entrevistados, ou seja, com tamanho adequado:
O que os dados mostram é que Lula e Alckmin estão muito próximos na intenção de voto desse tipo de eleitor, a rigor empatados, na margem de erro, nacionalmente. Não há, portanto, razão para dizer que o voto em Lula é “miserável”. Considerando apenas os segmentos com renda relativamente mais elevada, ele tem tantos votos quanto o candidato do PSDB.
A virada é realidade. Segundo turno na Bahia
A poucas horas das eleições, a TV Bahia, afiliada da TV Globo, divulgou a última pesquisa Ibope, que indica o segundo turno no Estado.
O candidato Paulo Souto (PFL) tem apenas com 51% dos votos válidos (descontados os índices de votos brancos e nulos).
Jaques Wagner (PT) tem 41%. Os outros candidatos somam 8%.
Isso indica que são 51% a 49%. Apenas 2% para Souto, porém com o diferencial de que Wagner está em ascenção e Souto em vertiginosa queda, como já divulgado aqui.
O Ibope ouviu 2003 eleitores baianos entre os dias 28 e 30 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e a pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) sob o número 24.209/2006.
Considerando a margem de erro de três pontos, Souto não superaria o percentual dos demais candidatos somados. O pefelista poderia ter de 48% a 54%, enquanto a soma dos demais candidatos poderia oscilar entre 46% e 52%, fator que provocaria o segundo turno.
Senado
João Durval (PDT) lidera com 34%;
Antonio Imbassahy (PSDB) tem 23%;
Rodolpho Tourinho(PFL), 22%.
Adios muchachos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fonte: Eudes Paiva
O candidato Paulo Souto (PFL) tem apenas com 51% dos votos válidos (descontados os índices de votos brancos e nulos).
Jaques Wagner (PT) tem 41%. Os outros candidatos somam 8%.
Isso indica que são 51% a 49%. Apenas 2% para Souto, porém com o diferencial de que Wagner está em ascenção e Souto em vertiginosa queda, como já divulgado aqui.
O Ibope ouviu 2003 eleitores baianos entre os dias 28 e 30 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e a pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) sob o número 24.209/2006.
Considerando a margem de erro de três pontos, Souto não superaria o percentual dos demais candidatos somados. O pefelista poderia ter de 48% a 54%, enquanto a soma dos demais candidatos poderia oscilar entre 46% e 52%, fator que provocaria o segundo turno.
Senado
João Durval (PDT) lidera com 34%;
Antonio Imbassahy (PSDB) tem 23%;
Rodolpho Tourinho(PFL), 22%.
Adios muchachos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fonte: Eudes Paiva
26 setembro 2006
Sensus: Eleição será decidida no 1º turno
O caso do Dossiê Serra não teve qualquer impacto importante sobre o eleitorado brasileiro, segundo a pesquisa do instituto Sensus, divulgada na manhã desta terça-feira.
Os números continuam apontando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno. O estudo, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), aponta que as intenções de voto de Lula ficaram praticamente estáveis:
Lula - de 51,4%, no final de agosto, para 51,1%, agora.
Alckmin - de 19,6%, no final de agosto, para 27,5%, agora.
Margem de erro de 3 pontos percentuais.
O Instituto Sensus entrevistou 2.000 pessoas entre os dias 22 e 24 de setembro, em 195 municípios do país.
Ibope já sabia
O Dossiê Serra, segundo 68% dos entrevistados pela pesquisa Ibope registrada no TSE sob o número 18.767/06 e divulgada nesta segunda-feira, não afeta mesmo o candidato do PT.
Somente 21% dos ouvidos consideraram a possibilidade de mudar o voto em função do escândalo, e parte deles acredita que Alckmin pode estar envolvido no escândalo e tende a não votar mais no tucano. Apenas 11% não sabem ou não opinaram.
Entre os eleitores do presidente Lula nas eleições de 2002, 69% não mudam o voto e 21% admitem que podem mudar. Mas entre os que dizem ter votado em Serra o resultado é semelhante: 71% não mudam e 20% podem mudar de opinião.
Os números continuam apontando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno. O estudo, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), aponta que as intenções de voto de Lula ficaram praticamente estáveis:
Lula - de 51,4%, no final de agosto, para 51,1%, agora.
Alckmin - de 19,6%, no final de agosto, para 27,5%, agora.
Margem de erro de 3 pontos percentuais.
O Instituto Sensus entrevistou 2.000 pessoas entre os dias 22 e 24 de setembro, em 195 municípios do país.
Ibope já sabia
O Dossiê Serra, segundo 68% dos entrevistados pela pesquisa Ibope registrada no TSE sob o número 18.767/06 e divulgada nesta segunda-feira, não afeta mesmo o candidato do PT.
Somente 21% dos ouvidos consideraram a possibilidade de mudar o voto em função do escândalo, e parte deles acredita que Alckmin pode estar envolvido no escândalo e tende a não votar mais no tucano. Apenas 11% não sabem ou não opinaram.
Entre os eleitores do presidente Lula nas eleições de 2002, 69% não mudam o voto e 21% admitem que podem mudar. Mas entre os que dizem ter votado em Serra o resultado é semelhante: 71% não mudam e 20% podem mudar de opinião.
24 setembro 2006
Comparação com Watergate é impertinente e absurda
Lula não é Nixon, Marco Aurélio de Mello não é Bob Woodward.
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Essa comparação é curiosa para um cidadão, impertinente para um magistrado, absurda para um presidente de tribunal
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O PRESIDENTE DO Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio de Mello, precisa conter a devoção que tem pela voz do doutor Marco Aurélio de Mello. Sua comparação das malfeitorias petistas com o caso Watergate é curiosa para um cidadão, impertinente para um magistrado, absurda para o presidente de um tribunal eleitoral.
Numa entrevista aos repórteres Luiz Orlando Carneiro e Tales Faria, o ministro produziu uma salada. Perguntaram-lhe se via "semelhanças" entre os dois casos e ele disse: "Não, não vejo.... É algo muito pior! Não há comparação. Aquela escuta foi realmente muito terrível. Mas, agora, o que temos é uma somatória de desvios de poder. "Se o ministro acredita que o caso do PT é realmente "muito pior", mistura duas equipes de tabajaras, uma americana e outra brasileira, associando um episódio passado (a renúncia do presidente Richard Nixon) e uma crise recente (o envolvimento de Lula nas malfeitorias petistas).
A associação é capenga. Nixon encrencou-se quando dois assessores testemunharam que havia usado a Presidência para obstruir o trabalho da Justiça. Foi a pique quando teve que entregar as fitas das gravações clandestinas que fazia no Salão Oval. (Ele não foi o primeiro. O grampo presidencial tornara-se rotina nas reuniões de John Kennedy e nos telefonemas de Lyndon Johnson.)
Há uma diferença essencial entre o Watergate e as malfeitorias petistas: ninguém provou que Lula obstruiu investigações policiais ou a ação da Justiça. A idéia de "pior" sugere um nível de malfeitoria que não chegou (ainda) ao campo das provas. O que vem a ser um "desvio de poder", não se sabe, mas até onde a vista alcança, se alguém cometeu desvios foi o doutor Ricardo Berzoini com seu dispositivo de mídia.
Uma das boas coisas da vida para colunistas e redatores é a construção de vinhetas históricas comparando alhos com bugalhos. Quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral entra nesse tipo de exercício, a Justiça perde. Os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein achavam que o caso Watergate era "muito pior" do que se pensava, mas eram repórteres, não eram magistrados.
Enquanto a ministra Ellen Gracie estiver na presidência do Supremo, bem que se poderia criar um sistema de cotas verbais: todos os ministros podem falar quanto quiserem fora da Corte, desde que não ultrapassem em dez vezes o tamanho das falas da presidente. Como ela raramente excede duas frases por semana, ficaria tudo mais simples.
De Elio Gaspari - "Jornal O Globo"
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Essa comparação é curiosa para um cidadão, impertinente para um magistrado, absurda para um presidente de tribunal
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O PRESIDENTE DO Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio de Mello, precisa conter a devoção que tem pela voz do doutor Marco Aurélio de Mello. Sua comparação das malfeitorias petistas com o caso Watergate é curiosa para um cidadão, impertinente para um magistrado, absurda para o presidente de um tribunal eleitoral.
Numa entrevista aos repórteres Luiz Orlando Carneiro e Tales Faria, o ministro produziu uma salada. Perguntaram-lhe se via "semelhanças" entre os dois casos e ele disse: "Não, não vejo.... É algo muito pior! Não há comparação. Aquela escuta foi realmente muito terrível. Mas, agora, o que temos é uma somatória de desvios de poder. "Se o ministro acredita que o caso do PT é realmente "muito pior", mistura duas equipes de tabajaras, uma americana e outra brasileira, associando um episódio passado (a renúncia do presidente Richard Nixon) e uma crise recente (o envolvimento de Lula nas malfeitorias petistas).
A associação é capenga. Nixon encrencou-se quando dois assessores testemunharam que havia usado a Presidência para obstruir o trabalho da Justiça. Foi a pique quando teve que entregar as fitas das gravações clandestinas que fazia no Salão Oval. (Ele não foi o primeiro. O grampo presidencial tornara-se rotina nas reuniões de John Kennedy e nos telefonemas de Lyndon Johnson.)
Há uma diferença essencial entre o Watergate e as malfeitorias petistas: ninguém provou que Lula obstruiu investigações policiais ou a ação da Justiça. A idéia de "pior" sugere um nível de malfeitoria que não chegou (ainda) ao campo das provas. O que vem a ser um "desvio de poder", não se sabe, mas até onde a vista alcança, se alguém cometeu desvios foi o doutor Ricardo Berzoini com seu dispositivo de mídia.
Uma das boas coisas da vida para colunistas e redatores é a construção de vinhetas históricas comparando alhos com bugalhos. Quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral entra nesse tipo de exercício, a Justiça perde. Os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein achavam que o caso Watergate era "muito pior" do que se pensava, mas eram repórteres, não eram magistrados.
Enquanto a ministra Ellen Gracie estiver na presidência do Supremo, bem que se poderia criar um sistema de cotas verbais: todos os ministros podem falar quanto quiserem fora da Corte, desde que não ultrapassem em dez vezes o tamanho das falas da presidente. Como ela raramente excede duas frases por semana, ficaria tudo mais simples.
De Elio Gaspari - "Jornal O Globo"
21 setembro 2006
MOBILIZAÇÃO POPULAR CONTRA O GOLPE
A oposição criminosa de Jereissati e ACM, os fanáticos onanistas da extrema direita e os barões da imprensa movem neste momento uma ação explícita de golpe contra a democracia e o Estado de Direito.
O ridículo "escândalo do dossiê" contra José Serra e o PSDB está sendo utilizado como pretexto para melar a eleição e criar um clima de desordem institucional, inclusive com a promoção da baderna nas duas casas do Parlamento.
O momento é gravíssimo, marcado por uma agressiva ação coordenada de toda a grande mídia. Quem assistiu ontem ao Jornal Nacional, da Rede Globo, testemunhou um estarrecedor show de deturpações, exageros e de propaganda golpista.
O mesmo está ocorrendo ininterruptamente nos canais das mídias digitais. Todo o sistema de comunicação da maior agência do País, a Agência Estado, por exemplo, está sendo utilizado para desestabilizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O site oficial e os canais particulares de notícia do Grupo Estado estão mobilizados 24 horas por dia nessa missão destrutiva, repetindo o modus operandi dos veículos de informação que prepararam o golpe contra o presidente venezuelano Hugo Chavez.
O fenômeno se repete em outras fontes informativas. A ordem geral, segundo o "consenso de mídia", grupo fortemente influenciado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é explorar ao máximo tudo que seja desfavorável ao governo.
Simultaneamente, trabalha-se pela santificação da oposição, desenhada como vítima das "vilanias" petistas.
Vale nos conscientizarmos todos de quatro pontos fundamentais nesta guerra:
1) A compra pura e simples de informação não se constitui em crime. Pode-se admitir a prática de delito apenas em caso de uso ilegal do conteúdo, e desde que se configure em injúria, calúnia ou difamação contra instituição ou cidadão.
O material supostamente oferecido pelos Vedoin comprova, sim, a coexistência pacífica entre José Serra e os sanguessugas. Há duas opções: ou ele era partícipe do esquema ou foi incompetente para detectar os graves desvios cometidos no Ministério da Saúde.
2) Todo o esquema para a compra do dossiê foi abortado pela própria PF, o que mostra que o governo não tem utilizado os aparatos policiais do Estado em benefício próprio.
3) O grande réu neste caso é José Serra e seu partido, o PSDB. Depoimentos do criminoso Comendador Arcanjo e dos donos da Planam atestam a parceria entre o PSDB de Mato Grosso e as máfias locais.
A manipulação vergonhosa da imprensa brasileira está desviando o foco do debate. É Serra e seu partido de delinqüentes que devem explicações à sociedade brasileira.
4) A questão é a seguinte: O Excelentíssimo Senhor Marco Aurélio de Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, extrapola suas funções ao emitir pareceres pessoais e políticos sobre os casos levados a sua magistratura? Pelo menos é de se espantar a reunião que fez com os líderes da oposição, no dia 18, desprezando a isenção que deveria nortear seu trabalho.
Portanto, neste momento, é importantíssimo que escrevamos imediatamente para todas as redações de jornais, revistas, TVs e emissoras de rádio para mostrar que não nos calaremos diante da tentativa de golpe. O mesmo se aplica do TSE, que deve saber de nosso alarme com o desvirtuamento da instituição.
Nesta hora, cada um tem assumir a luta em sua trincheira. Cada um tem que oferecer sua parcela de contribuição. Escrever para todos os amigos e familiares, especialmente para aqueles que não se ligam diretamente na luta política. São eles os principais alvos da campanha do golpe.
Esta é uma tarefa para ontem. É começar já!
Lula é muitos!!!
Mauro Carrara
Jornalista
Fortaleça a imprensa independente do Brasil e a Livre Expressão disseminando este artigo para sua rede de relacionamento. Imprima, publique no seu site ou blog ou envie por e-mail.
O ridículo "escândalo do dossiê" contra José Serra e o PSDB está sendo utilizado como pretexto para melar a eleição e criar um clima de desordem institucional, inclusive com a promoção da baderna nas duas casas do Parlamento.
O momento é gravíssimo, marcado por uma agressiva ação coordenada de toda a grande mídia. Quem assistiu ontem ao Jornal Nacional, da Rede Globo, testemunhou um estarrecedor show de deturpações, exageros e de propaganda golpista.
O mesmo está ocorrendo ininterruptamente nos canais das mídias digitais. Todo o sistema de comunicação da maior agência do País, a Agência Estado, por exemplo, está sendo utilizado para desestabilizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O site oficial e os canais particulares de notícia do Grupo Estado estão mobilizados 24 horas por dia nessa missão destrutiva, repetindo o modus operandi dos veículos de informação que prepararam o golpe contra o presidente venezuelano Hugo Chavez.
O fenômeno se repete em outras fontes informativas. A ordem geral, segundo o "consenso de mídia", grupo fortemente influenciado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é explorar ao máximo tudo que seja desfavorável ao governo.
Simultaneamente, trabalha-se pela santificação da oposição, desenhada como vítima das "vilanias" petistas.
Vale nos conscientizarmos todos de quatro pontos fundamentais nesta guerra:
1) A compra pura e simples de informação não se constitui em crime. Pode-se admitir a prática de delito apenas em caso de uso ilegal do conteúdo, e desde que se configure em injúria, calúnia ou difamação contra instituição ou cidadão.
O material supostamente oferecido pelos Vedoin comprova, sim, a coexistência pacífica entre José Serra e os sanguessugas. Há duas opções: ou ele era partícipe do esquema ou foi incompetente para detectar os graves desvios cometidos no Ministério da Saúde.
2) Todo o esquema para a compra do dossiê foi abortado pela própria PF, o que mostra que o governo não tem utilizado os aparatos policiais do Estado em benefício próprio.
3) O grande réu neste caso é José Serra e seu partido, o PSDB. Depoimentos do criminoso Comendador Arcanjo e dos donos da Planam atestam a parceria entre o PSDB de Mato Grosso e as máfias locais.
A manipulação vergonhosa da imprensa brasileira está desviando o foco do debate. É Serra e seu partido de delinqüentes que devem explicações à sociedade brasileira.
4) A questão é a seguinte: O Excelentíssimo Senhor Marco Aurélio de Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, extrapola suas funções ao emitir pareceres pessoais e políticos sobre os casos levados a sua magistratura? Pelo menos é de se espantar a reunião que fez com os líderes da oposição, no dia 18, desprezando a isenção que deveria nortear seu trabalho.
Portanto, neste momento, é importantíssimo que escrevamos imediatamente para todas as redações de jornais, revistas, TVs e emissoras de rádio para mostrar que não nos calaremos diante da tentativa de golpe. O mesmo se aplica do TSE, que deve saber de nosso alarme com o desvirtuamento da instituição.
Nesta hora, cada um tem assumir a luta em sua trincheira. Cada um tem que oferecer sua parcela de contribuição. Escrever para todos os amigos e familiares, especialmente para aqueles que não se ligam diretamente na luta política. São eles os principais alvos da campanha do golpe.
Esta é uma tarefa para ontem. É começar já!
Lula é muitos!!!
Mauro Carrara
Jornalista
Fortaleça a imprensa independente do Brasil e a Livre Expressão disseminando este artigo para sua rede de relacionamento. Imprima, publique no seu site ou blog ou envie por e-mail.
25 agosto 2006
Alencar diz que apoio a Lula é "vingança nacional"
O apoio do eleitorado à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é, para o vice-presidente José Alencar (PRB), uma forma de "vingança nacional" contra todas as tentativas de desmoralizá-lo, com as denúncias de corrupção.
"Há esse sentimento nacional de apoio ao Lula porque os brasileiros ficaram indignados com a forma como tentaram atingi-lo. Então, é uma espécie de vingança nacional a uma tentativa de impeachment dele, absolutamente despropositada. O povo enxerga, ausculta, vê, sente em silêncio", disse, em palestra na Fiec (Federação da Indústrias do Estado do Ceará).
Além do sentimento nacional de "vingança", há, para Alencar, um "sentimento suprapartidário" pró-Lula. Ele disse isso ao justificar a utilização da imagem do presidente pela campanha do tucano Lúcio Alcântara (PSDB), que tenta a reeleição no Estado.
"Há um sentimento nacional suprapartidário em relação à candidatura Lula. Porque os brasileiros desejam reelegê-lo. Mas, é claro, tudo dentro da legislação. Eu, particularmente, tenho um apreço muito grande pelo governador Lúcio Alcântara. Mas nós temos aqui uma coligação fechada aqui, formal, com Cid Gomes", falou em entrevista. Cid estava ao lado do vice-presidente.
Para o candidato do PSB, que é irmão do ex-ministro Ciro Gomes (PSB), a atitude da campanha tucana é oportunista, mas não o preocupa, pois o eleitor sabe quem é o único candidato apoiado pelo presidente ao governo do Ceará.
Como a Justiça Eleitoral proibiu qualquer uso da imagem de Lula pela campanha de Lúcio, a propaganda eleitoral parou de exibir os comerciais em que era reproduzida uma fala do presidente em que elogiava a "lealdade" do tucano.
Porém, hoje, o prefeito de um dos principais municípios do interior do Estado, Agenor Neto, de Iguatu, anunciou sua desfiliação do PSDB para lançar o primeiro comitê Lula-Lúcio no Ceará.
A iniciativa é a mesma usada há quatro anos, quando Lúcio venceu o petista José Airton Cirilo no segundo turno. Na ocasião, Ciro Gomes, que havia acabado de perder no primeiro turno e anunciara o apoio a Lula, encabeçou a chapa, apelidada de "Lu-Lu".
"Há esse sentimento nacional de apoio ao Lula porque os brasileiros ficaram indignados com a forma como tentaram atingi-lo. Então, é uma espécie de vingança nacional a uma tentativa de impeachment dele, absolutamente despropositada. O povo enxerga, ausculta, vê, sente em silêncio", disse, em palestra na Fiec (Federação da Indústrias do Estado do Ceará).
Além do sentimento nacional de "vingança", há, para Alencar, um "sentimento suprapartidário" pró-Lula. Ele disse isso ao justificar a utilização da imagem do presidente pela campanha do tucano Lúcio Alcântara (PSDB), que tenta a reeleição no Estado.
"Há um sentimento nacional suprapartidário em relação à candidatura Lula. Porque os brasileiros desejam reelegê-lo. Mas, é claro, tudo dentro da legislação. Eu, particularmente, tenho um apreço muito grande pelo governador Lúcio Alcântara. Mas nós temos aqui uma coligação fechada aqui, formal, com Cid Gomes", falou em entrevista. Cid estava ao lado do vice-presidente.
Para o candidato do PSB, que é irmão do ex-ministro Ciro Gomes (PSB), a atitude da campanha tucana é oportunista, mas não o preocupa, pois o eleitor sabe quem é o único candidato apoiado pelo presidente ao governo do Ceará.
Como a Justiça Eleitoral proibiu qualquer uso da imagem de Lula pela campanha de Lúcio, a propaganda eleitoral parou de exibir os comerciais em que era reproduzida uma fala do presidente em que elogiava a "lealdade" do tucano.
Porém, hoje, o prefeito de um dos principais municípios do interior do Estado, Agenor Neto, de Iguatu, anunciou sua desfiliação do PSDB para lançar o primeiro comitê Lula-Lúcio no Ceará.
A iniciativa é a mesma usada há quatro anos, quando Lúcio venceu o petista José Airton Cirilo no segundo turno. Na ocasião, Ciro Gomes, que havia acabado de perder no primeiro turno e anunciara o apoio a Lula, encabeçou a chapa, apelidada de "Lu-Lu".
23 agosto 2006
Site do PT volta ao ar; partido vai pedir à PF que investigue invasão
O Partido dos Trabalhadores vai acionar a Polícia Federal – e seu departamento especializado em crimes na Internet – para que investigue a invasão do site do PT Nacional por um hacker, ocorrida na tarde desta quarta-feira (23).
O hacker entrou no banco de notícias do site por volta das 13h e substituiu todos os links relacionados a esta área (inclusive a página principal) por mensagens ofensivas ao partido e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição. No final da mensagem, o invasor assina: “Eu voto 45”.
Por este motivo, o site ficou fora do ar por aproximadamente 8 horas – tempo necessário para que a equipe de informática recuperasse os arquivos noticiosos e identificasse a “porta” por onde entrou o invasor.
Não foi possível recuperar os arquivos lançados na página entre ontem (22) e às 13h de hoje, mas as principais notícias desse período serão republicadas nas próximas horas.
O hacker entrou no banco de notícias do site por volta das 13h e substituiu todos os links relacionados a esta área (inclusive a página principal) por mensagens ofensivas ao partido e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição. No final da mensagem, o invasor assina: “Eu voto 45”.
Por este motivo, o site ficou fora do ar por aproximadamente 8 horas – tempo necessário para que a equipe de informática recuperasse os arquivos noticiosos e identificasse a “porta” por onde entrou o invasor.
Não foi possível recuperar os arquivos lançados na página entre ontem (22) e às 13h de hoje, mas as principais notícias desse período serão republicadas nas próximas horas.
Geraldo cai
Tucano pé de chumbo
Evolução dos candidatos em pesquisas do Instituto DataFolha - a mais recente delas, aplicada ontem e hoje junto a 6.279 eleitores em 272 municípios:
Lula - 46% - 44% - 47% - 49%
Alckmin - 29% - 28% - 24% - 25%
Heloisa - 6% - 10% - 12% - 11%
Cristovam - 1%.
Simulação de segundo turno
Lula - 51% - 50% - 54% - 55%
Alckmin - 40% - 40% - 37% - 36%
Avaliação do governo
ótimo/bom - 38% - 45% - 52%
regular - 40% - 36% - 31%
ruim/péssimo - 21% - 18% - 16%
Evolução dos candidatos em pesquisas do Instituto DataFolha - a mais recente delas, aplicada ontem e hoje junto a 6.279 eleitores em 272 municípios:
Lula - 46% - 44% - 47% - 49%
Alckmin - 29% - 28% - 24% - 25%
Heloisa - 6% - 10% - 12% - 11%
Cristovam - 1%.
Simulação de segundo turno
Lula - 51% - 50% - 54% - 55%
Alckmin - 40% - 40% - 37% - 36%
Avaliação do governo
ótimo/bom - 38% - 45% - 52%
regular - 40% - 36% - 31%
ruim/péssimo - 21% - 18% - 16%
Mais irregularidades na Bahia: aponta CGU
Relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) detectou mais irregularidades na Bahia.
Auditores consideraram indevida a dispensa de licitação, pela Secretaria Estadual de Agricultura, na contratação de uma empresa, em 2002, para executar serviços topográficos em 34 projetos de assentamento do Incra, com recursos de R$ 965 mil repassados pelo governo federal.
Havia 16 empresas em condições de realizar o serviço. Por isso, a CGU considera que a Secretaria deveria ter promovido licitação pública.
Também na Bahia, os fiscais constataram falta de comprovação de despesas no valor de R$ 751 mil repassados a uma organização não governamental, em 2002, pela Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Esporte.
Auditores consideraram indevida a dispensa de licitação, pela Secretaria Estadual de Agricultura, na contratação de uma empresa, em 2002, para executar serviços topográficos em 34 projetos de assentamento do Incra, com recursos de R$ 965 mil repassados pelo governo federal.
Havia 16 empresas em condições de realizar o serviço. Por isso, a CGU considera que a Secretaria deveria ter promovido licitação pública.
Também na Bahia, os fiscais constataram falta de comprovação de despesas no valor de R$ 751 mil repassados a uma organização não governamental, em 2002, pela Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Esporte.
Site do PT invadido por hackers com ofensas a Lula
O site do PT foi invadido hoje por hackers.
Ao acessar o site deparamos com a estrela, marca do partido, em chamas e redirecionado para o endereço http://the-patronus.org/links/fuck_pt.html.
Há textos com ofensas a Lula e ao partido.
E também a frase "Eu voto 45".
O site do partido está com a mensagem de que está em manutenção.
Os hackers assim se identificam:
$cat bi0s.conf grep members
#member: OverKill_
#member: Evolui
#member: D3UX
Contact: bi0st@bsdmail.com or irc.gigachat.net /join #bi0s
Ao acessar o site deparamos com a estrela, marca do partido, em chamas e redirecionado para o endereço http://the-patronus.org/links/fuck_pt.html.
Há textos com ofensas a Lula e ao partido.
E também a frase "Eu voto 45".
O site do partido está com a mensagem de que está em manutenção.
Os hackers assim se identificam:
$cat bi0s.conf grep members
#member: OverKill_
#member: Evolui
#member: D3UX
Contact: bi0st@bsdmail.com or irc.gigachat.net /join #bi0s
22 agosto 2006
Lula recebe apoio de mais de 100 artistas no Rio de Janeiro
Lula discursa para a classe artística na casa do ministro Gilberto Gil, no Rio de Janeiro. Abaixo, fala da atriz Tássia Camargo durante o encontro; e o cantor Zeca Pagodinho com o presidente e a primeira-dama, dona Marisa Letícia. Fotos: Ichiro Guerra.
Mais de 100 artistas das mais diversas categorias manifestaram o seu apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro realizado na noite de segunda-feira (21) na casa do ministro da Cultura, Gilberto Gil, no Rio de Janeiro.
Apesar do clima foi informal, Gil ressoultou que não se tratou apenas de um encontro de amigos, mas de uma reunião de trabalho pela reeleição do presidente.
Boa parte do encontro foi dedicada ao debate sobre a política cultural do governo Lula, com os artistas manifestando o seu apoio à democratização da produção e do acesso à cultura.
“O Minc finalmente deixou de ser um ministério de burocratas para se tornar um ministério de artistas”, destacou o ator Sérgio Mamberti.
Já o teatrólogo Augusto Boal ressaltou a criação dos Pontos de Cultura, através do qual o governo distribui aparelhos multimídia para que comunidades registrem as suas atividades culturais. “O povo agora também é artista e pode fazer a sua própria arte”, afirmou.
A cantora Leci Brandão destacou o apoio do governo Lula à população negra, traduzida em ações como a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a regularização fundiária de comunidades quilombolas e o ProUni.
O ator Tônico Pereira, por sua vez, foi direto: “O povo está fechado com Lula. E eu fecho também”.
A cantora Alcione, a atriz Tássia Camargo, o produtor cinematográfico Luiz Carlos Barreto e o cartunista Aroeira foram outros artistas que manifestaram o seu apoio tanto à política cultural do governo quanto à reeleição de Lula.
Na sua fala, Lula relembrou que o seu primeiro contato com a classe artística brasileira aconteceu em 1985, quando arregimentava apoios para a campanha das Diretas Já.
E destacou que, no seu governo, a cultura passou por um vigoroso processo de valorização, que incluiu desde a criação de programas específicos até o aumento do orçamento do Ministério da Cultura e a ampliação dos recursos liberados através das leis de incentivo fiscal.
Mas Lula falou principalmente sobre o processo de mudanças em curso no Brasil, viabilizado após muito trabalho.
“Quando assumi o governo, o Brasil parecia uma casa semi-abandonada. Sei que as pessoas estavam ansiosas por mudanças rápidas, mas não foi fácil arrumar uma casa onde o risco-país batia recordes, a inflação crescia e o orçamento era limitado por dívidas e restos a pagar de dívidas”.
Para Lula, o governo já fez o mais difícil e, devido à conquista da estabilidade econômica e da eficiência dos programas sociais em curso, o Brasil tem tudo para crescer "de forma excepcional" nos próximos quatro anos.
Rebatendo a crítica de que criou ministérios desnecessários, Lula desafiou a oposição a apontar quais seriam esses ministérios e, num dos momentos mais aplaudidos do encontro, afirmou:
“O Brasil tem uma diversidade enorme. Não dava para continuar misturando esporte e turismo num mesmo ministério. Não dava para não ter secretarias especiais de promoção da igualdade racial e dos direitos da mulher. O governo do Brasil tem que refletir a pluralidade do Brasil”.
No final, em um momento de grande emoção, Lula chamou Wagner Tiso para seu lado e agradeceu o apoio que o músico mineiro manifestou ao seu nome, durante uma entrevista para o jornal O Globo, no auge da crise política.
O encontro reuniu personaliddes de cinema, teatro, moda, televisão e música. Entre outros, Fernanda Abreu, Zeca Pagodinho, Marcos Winter, Sandra de Sá, Paulo Betti, Luiza Brunet, José de Abreu, Letícia Sabatella, Rosemary, Jorge Mautner, DJ Marlboro, Jards Macalé, Amir Haddad e Sérgio Machado.
Também marcaram presença a ex-ministra Benedita da Silva e os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência).
Elogios
Na saída do encontro, vários dos convidados declararam apoio a Lula durante conversa com os jornalistas.
"Algumas coisas criaram dúvidas na gente. O que aparece são as coisas ruins, mas muitas coisas boas aconteceram e a esperança nasceu de novo", disse o cantor e compositor Geraldo Azevedo aos jornalistas.
Segundo a sambista Alcione, o presidente mostrou as coisas que está pronto para conquistar em um eventual segundo mandato. "Temos mais é que votar nele e é o povo brasileiro que vai elegê-lo. Lula é uma pessoa verdadeira e ninguém engana o povo."
O teatrólogo Augusto Boal foi um dos que mais se ateve à questão cultural. Ele disse ter sido inicialmente contra a escolha de Gilberto Gil, anfitrião do encontro, para o Ministério da Cultura, pois achava a função muito administrativa. Mas mudou de opinião.
"O melhor achado no terreno da cultura foi o convite para o Gilberto Gil ser o ministro. Sempre falávamos que o povo precisava ter acesso à cultura, mas é preciso também que o povo mostre sua cultura, e Gil fez isso com os Pontos de Cultura", disse, em uma referência aos centros culturais criados pelo ministro.
O produtor de cinema Luiz Carlos Barreto disse que a reunião foi acima de suas expectativas e que Gil prometeu ampliar a ação cultural do governo.
"Ele anunciou a criação do tíquete lazer e cultura, semelhante ao tíquete alimentação a ser distribuído pelas empresas com base na Lei Rouanet (que garante incentivos às empresas que patrocinam produções e eventos culturais)."
Segundo Boal, entre 40 e 50 mil pessoas vão receber o tíquete. "Isso é transcendental em termos de cultura, é uma idéia luminosa que abre caminho para a cultura ser uma indústria auto sustentável.
A atriz Letícia Sabatella apontou o encontro como a melhor oportunidade para colher informação confiável. "Pela campanha em si, é mais difícil", disse. "Todos nós passamos por um momento difícil, mas entendemos que esse é o começo de um processo político", avaliou a atriz.
Já Wagner Tiso defendeu intransigentemente o governo e falou sobre a necessidade de uma reforma política.
"Ele (Lula) tem que costurar apoios e colocar a ideologia dele", afirmou, acrescentando continuar eufórico com o governo Lula. "Lutei muitos anos pela maturidade do PT. Estou indignado com os indignados."
O cantor Zeca Pagodinho fez uma das defesas mais enfáticas de Lula. "Ele encontrou o bagulho entupido. Para desentupir leva tempo", afirmou.
Mais de 100 artistas das mais diversas categorias manifestaram o seu apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro realizado na noite de segunda-feira (21) na casa do ministro da Cultura, Gilberto Gil, no Rio de Janeiro.
Apesar do clima foi informal, Gil ressoultou que não se tratou apenas de um encontro de amigos, mas de uma reunião de trabalho pela reeleição do presidente.
Boa parte do encontro foi dedicada ao debate sobre a política cultural do governo Lula, com os artistas manifestando o seu apoio à democratização da produção e do acesso à cultura.
“O Minc finalmente deixou de ser um ministério de burocratas para se tornar um ministério de artistas”, destacou o ator Sérgio Mamberti.
Já o teatrólogo Augusto Boal ressaltou a criação dos Pontos de Cultura, através do qual o governo distribui aparelhos multimídia para que comunidades registrem as suas atividades culturais. “O povo agora também é artista e pode fazer a sua própria arte”, afirmou.
A cantora Leci Brandão destacou o apoio do governo Lula à população negra, traduzida em ações como a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a regularização fundiária de comunidades quilombolas e o ProUni.
O ator Tônico Pereira, por sua vez, foi direto: “O povo está fechado com Lula. E eu fecho também”.
A cantora Alcione, a atriz Tássia Camargo, o produtor cinematográfico Luiz Carlos Barreto e o cartunista Aroeira foram outros artistas que manifestaram o seu apoio tanto à política cultural do governo quanto à reeleição de Lula.
Na sua fala, Lula relembrou que o seu primeiro contato com a classe artística brasileira aconteceu em 1985, quando arregimentava apoios para a campanha das Diretas Já.
E destacou que, no seu governo, a cultura passou por um vigoroso processo de valorização, que incluiu desde a criação de programas específicos até o aumento do orçamento do Ministério da Cultura e a ampliação dos recursos liberados através das leis de incentivo fiscal.
Mas Lula falou principalmente sobre o processo de mudanças em curso no Brasil, viabilizado após muito trabalho.
“Quando assumi o governo, o Brasil parecia uma casa semi-abandonada. Sei que as pessoas estavam ansiosas por mudanças rápidas, mas não foi fácil arrumar uma casa onde o risco-país batia recordes, a inflação crescia e o orçamento era limitado por dívidas e restos a pagar de dívidas”.
Para Lula, o governo já fez o mais difícil e, devido à conquista da estabilidade econômica e da eficiência dos programas sociais em curso, o Brasil tem tudo para crescer "de forma excepcional" nos próximos quatro anos.
Rebatendo a crítica de que criou ministérios desnecessários, Lula desafiou a oposição a apontar quais seriam esses ministérios e, num dos momentos mais aplaudidos do encontro, afirmou:
“O Brasil tem uma diversidade enorme. Não dava para continuar misturando esporte e turismo num mesmo ministério. Não dava para não ter secretarias especiais de promoção da igualdade racial e dos direitos da mulher. O governo do Brasil tem que refletir a pluralidade do Brasil”.
No final, em um momento de grande emoção, Lula chamou Wagner Tiso para seu lado e agradeceu o apoio que o músico mineiro manifestou ao seu nome, durante uma entrevista para o jornal O Globo, no auge da crise política.
O encontro reuniu personaliddes de cinema, teatro, moda, televisão e música. Entre outros, Fernanda Abreu, Zeca Pagodinho, Marcos Winter, Sandra de Sá, Paulo Betti, Luiza Brunet, José de Abreu, Letícia Sabatella, Rosemary, Jorge Mautner, DJ Marlboro, Jards Macalé, Amir Haddad e Sérgio Machado.
Também marcaram presença a ex-ministra Benedita da Silva e os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência).
Elogios
Na saída do encontro, vários dos convidados declararam apoio a Lula durante conversa com os jornalistas.
"Algumas coisas criaram dúvidas na gente. O que aparece são as coisas ruins, mas muitas coisas boas aconteceram e a esperança nasceu de novo", disse o cantor e compositor Geraldo Azevedo aos jornalistas.
Segundo a sambista Alcione, o presidente mostrou as coisas que está pronto para conquistar em um eventual segundo mandato. "Temos mais é que votar nele e é o povo brasileiro que vai elegê-lo. Lula é uma pessoa verdadeira e ninguém engana o povo."
O teatrólogo Augusto Boal foi um dos que mais se ateve à questão cultural. Ele disse ter sido inicialmente contra a escolha de Gilberto Gil, anfitrião do encontro, para o Ministério da Cultura, pois achava a função muito administrativa. Mas mudou de opinião.
"O melhor achado no terreno da cultura foi o convite para o Gilberto Gil ser o ministro. Sempre falávamos que o povo precisava ter acesso à cultura, mas é preciso também que o povo mostre sua cultura, e Gil fez isso com os Pontos de Cultura", disse, em uma referência aos centros culturais criados pelo ministro.
O produtor de cinema Luiz Carlos Barreto disse que a reunião foi acima de suas expectativas e que Gil prometeu ampliar a ação cultural do governo.
"Ele anunciou a criação do tíquete lazer e cultura, semelhante ao tíquete alimentação a ser distribuído pelas empresas com base na Lei Rouanet (que garante incentivos às empresas que patrocinam produções e eventos culturais)."
Segundo Boal, entre 40 e 50 mil pessoas vão receber o tíquete. "Isso é transcendental em termos de cultura, é uma idéia luminosa que abre caminho para a cultura ser uma indústria auto sustentável.
A atriz Letícia Sabatella apontou o encontro como a melhor oportunidade para colher informação confiável. "Pela campanha em si, é mais difícil", disse. "Todos nós passamos por um momento difícil, mas entendemos que esse é o começo de um processo político", avaliou a atriz.
Já Wagner Tiso defendeu intransigentemente o governo e falou sobre a necessidade de uma reforma política.
"Ele (Lula) tem que costurar apoios e colocar a ideologia dele", afirmou, acrescentando continuar eufórico com o governo Lula. "Lutei muitos anos pela maturidade do PT. Estou indignado com os indignados."
O cantor Zeca Pagodinho fez uma das defesas mais enfáticas de Lula. "Ele encontrou o bagulho entupido. Para desentupir leva tempo", afirmou.
20 agosto 2006
Chute no pau da barraca
Geraldo Alckmin, ignorou a crise de sua campanha e afirmou ontem que vai manter seu estilo. "Vou manter o estilo paz, amor e trabalho, que é o que está faltando aí", afirmou ao desembarcar em Teresina (PI), no final da manhã. "Não vou fazer uma campanha errática. Não vou fazer campanha baseada em pesquisa. Vou fazer campanha falando do Brasil, mostrando que o Brasil pode avançar mais", avisou.
Alckmin evitou os problemas internos de sua campanha e esquivou-se de tecer comentários sobre as declarações do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que um dia elevou a temperatura da crise ao cobrar do candidato mais críticas ao principal adversário, o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na chegada a Teresina, Alckmin também minimizou o fato de as campanhas do PSDB em pelo menos seis Estados (SP, MG, PE, CE, RS e PR) não fazerem referências à sua candidatura. "Não tem problema nenhum. A campanha estadual é uma coisa, a federal é outra", insistiu.
Apesar do discurso do tucano, os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do PFL, Jorge Bornhausen (SC), já determinaram aos comandos estaduais das siglas que incluam o nome do presidenciável tucano nos programas eleitorais gratuitos dos Estados a partir da semana que vem.
"O Bornhausen já mandou colar o nome dos deputados ao do Alckmin", confirmou o senador José Jorge (PFL-PE), vice de Alckmin. "Na semana que vem a vinheta (com o nome de Alckmin) vai estar nos programas estaduais", acrescentou José Jorge, que junto com o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) recepcionou Alckmin no aeroporto de Teresina ontem. Do PSDB, apenas o candidato a governador do Piauí, Firmino Filho, estava presente no momento que o presidenciável tucano desembarcou no Estado.
Sobre as declarações de ACM, Heráclito afirmou que a crítica pode ser "pedagógica". José Jorge, por sua vez, disse que a campanha terá várias fases. A atual é de apresentar o candidato, segundo ele. "A segunda etapa é uma mistura de propostas e críticas", explicou, acrescentando que o discurso mais aguerrido terá de aparecer. "Como pode a oposição não ter críticas?"
Alckmin evitou os problemas internos de sua campanha e esquivou-se de tecer comentários sobre as declarações do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que um dia elevou a temperatura da crise ao cobrar do candidato mais críticas ao principal adversário, o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na chegada a Teresina, Alckmin também minimizou o fato de as campanhas do PSDB em pelo menos seis Estados (SP, MG, PE, CE, RS e PR) não fazerem referências à sua candidatura. "Não tem problema nenhum. A campanha estadual é uma coisa, a federal é outra", insistiu.
Apesar do discurso do tucano, os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do PFL, Jorge Bornhausen (SC), já determinaram aos comandos estaduais das siglas que incluam o nome do presidenciável tucano nos programas eleitorais gratuitos dos Estados a partir da semana que vem.
"O Bornhausen já mandou colar o nome dos deputados ao do Alckmin", confirmou o senador José Jorge (PFL-PE), vice de Alckmin. "Na semana que vem a vinheta (com o nome de Alckmin) vai estar nos programas estaduais", acrescentou José Jorge, que junto com o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) recepcionou Alckmin no aeroporto de Teresina ontem. Do PSDB, apenas o candidato a governador do Piauí, Firmino Filho, estava presente no momento que o presidenciável tucano desembarcou no Estado.
Sobre as declarações de ACM, Heráclito afirmou que a crítica pode ser "pedagógica". José Jorge, por sua vez, disse que a campanha terá várias fases. A atual é de apresentar o candidato, segundo ele. "A segunda etapa é uma mistura de propostas e críticas", explicou, acrescentando que o discurso mais aguerrido terá de aparecer. "Como pode a oposição não ter críticas?"
Transparência opaca
O diretório paulista do PT conseguiu nesta nesta sexta-feira uma liminar no TRE-SP contra campanha da associação Transparência Brasil.
A campanha, publicada no site da entidade na internet, "exorta o eleitor a não votar em mensaleiros, sanguessugas e implicados em outros escândalos, sem que o devido processo legal tenha transitado em julgado".
Segundo o manifesto "Não Vote em Mensaleiro", que não menciona partidos, deputados indiciados criminalmente tentam a reeleição para conseguir foro especial.
Para o PT a campanha é ofensiva e a Transparência Brasil "se excedeu". Segundo o pedido, assinado pelo presidente do PT-SP, Paulo Frateschi, a campanha "acaba por tisnar a honra e a moral de seus candidatos".
Para o presidente, a situação "inverte o princípio da presunção de inocência" pois, na lógica da campanha, "ter sobre si qualquer suspeita já significa ser culpado".
A Associação Transparência Brasil não foi encontrada para comentar a informação do PT, demonstrando uma atitude nada transparente.
A campanha, publicada no site da entidade na internet, "exorta o eleitor a não votar em mensaleiros, sanguessugas e implicados em outros escândalos, sem que o devido processo legal tenha transitado em julgado".
Segundo o manifesto "Não Vote em Mensaleiro", que não menciona partidos, deputados indiciados criminalmente tentam a reeleição para conseguir foro especial.
Para o PT a campanha é ofensiva e a Transparência Brasil "se excedeu". Segundo o pedido, assinado pelo presidente do PT-SP, Paulo Frateschi, a campanha "acaba por tisnar a honra e a moral de seus candidatos".
Para o presidente, a situação "inverte o princípio da presunção de inocência" pois, na lógica da campanha, "ter sobre si qualquer suspeita já significa ser culpado".
A Associação Transparência Brasil não foi encontrada para comentar a informação do PT, demonstrando uma atitude nada transparente.
Tucano nega que é sanguessuga
Em entrevista à revista Veja desta semana, o empresário Luiz Antônio Vedoin traz novas revelações sobre a rede de influência montada pela máfia dos sanguessugas e inclui o nome de um tucano influente, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), entre os supostos beneficiários do esquema.
Vedoin é sócio da Planam, empresa onde foi montada uma central de fraudes para desvio de dinheiro público mediante a compra de ambulâncias superfaturadas por meio de emendas de parlamentares.
Ainda segundo o empresário, Antero se entendeu com o pai dele, Darci Vedoin, e chegou a receber R$ 40 mil de propina, por intermédio do deputado Lino Rossi (PP-MT), encarregado de cooptar parlamentares para a máfia no Congresso. "Meu pai conversou pessoalmente com o senador, que era o líder da bancada do estado. O acordo era para a totalidade das emendas da bancada, que somavam R$ 3,8 milhões. Antero apresentou R$ 400 mil e tínhamos de dar R$ 40 mil de comissão. Ele pediu para passarmos o dinheiro diretamente para o Lino Rossi, que, naquele tempo, era do mesmo partido que ele . Todos ali tinham consciência do que estava sendo feito", disse Vedoin, segundo a Veja.
Ao Estado, Antero disse que esteve com Darci uma vez no Congresso, mas que jamais tratou desse assunto. "Nunca passou pela minha cabeça que parlamentar cobrasse propina por ambulância. Vou interpelar judicialmente o Lino Rossi para que ele diga quando, onde e de que forma me deu 40 mil".
O parlamentar acusa o governador mato-grossense Blairo Maggi (PPS), candidato à reeleição, de ser o patrocinador da acusação e disse que vai processar Vedoin.
Vedoin é sócio da Planam, empresa onde foi montada uma central de fraudes para desvio de dinheiro público mediante a compra de ambulâncias superfaturadas por meio de emendas de parlamentares.
Ainda segundo o empresário, Antero se entendeu com o pai dele, Darci Vedoin, e chegou a receber R$ 40 mil de propina, por intermédio do deputado Lino Rossi (PP-MT), encarregado de cooptar parlamentares para a máfia no Congresso. "Meu pai conversou pessoalmente com o senador, que era o líder da bancada do estado. O acordo era para a totalidade das emendas da bancada, que somavam R$ 3,8 milhões. Antero apresentou R$ 400 mil e tínhamos de dar R$ 40 mil de comissão. Ele pediu para passarmos o dinheiro diretamente para o Lino Rossi, que, naquele tempo, era do mesmo partido que ele . Todos ali tinham consciência do que estava sendo feito", disse Vedoin, segundo a Veja.
Ao Estado, Antero disse que esteve com Darci uma vez no Congresso, mas que jamais tratou desse assunto. "Nunca passou pela minha cabeça que parlamentar cobrasse propina por ambulância. Vou interpelar judicialmente o Lino Rossi para que ele diga quando, onde e de que forma me deu 40 mil".
O parlamentar acusa o governador mato-grossense Blairo Maggi (PPS), candidato à reeleição, de ser o patrocinador da acusação e disse que vai processar Vedoin.
12 agosto 2006
Alckmin chega a 65%
Alckmin chega a 65%.
Clique Aqui ou na imagem ao lado para maiores detalhes.
Fonte: Blog Os Amigos do Presidente Lula
09 agosto 2006
Zé Dirceu na web
Onde está o segundo turno?
Nesses últimos dias alguns fatos me chamaram a atenção. De uma hora para outra, surgiu um mutirão de analistas de pesquisas. Passamos a ver e a escutar análises engraçadas, em tom de profecia, que diziam : “certamente teremos um segundo turno” ou “saldo de Lula cai e aponta o segundo turno”.
O fato é que, nas últimas três pesquisas divulgadas (CNI/Ibope, CNT/Sensus e DataFolha), o candidato Lula cresceu (47%), a avaliação de seu governo melhorou, o candidato Aclkmin caiu (19,8%) e a candidata HH variou dentro dos 10% da estimulada. E o mais importante: em nenhum lugar aparece um quadro ou tendência de um possível segundo turno.
Esses novos profetas da Cabala estatística, destituídos dos seus postos pelos fatos simples e claros apontados nas pesquisas, agora vêm com novas explicações sobre voto emocional e a falta de capacidade do brasileiro de fazer suas escolhas políticas.
O fato de grande parte da população brasileira ter baixa escolaridade não a impede de fazer uma análise racional do momento e da economia do Brasil, e tomar uma decisão lógica. O segredo do candidato Lula é conhecido pela grande maioria da população brasileira: é o compromisso com os trabalhadores e com os pobres, traduzido no incremento dos programas sociais, na inclusão social, na estabilidade e no crescimento da economia brasileira.
O que setores da imprensa e certos políticos não conseguem aceitar é que os pobres, que eles tanto citam, tiveram uma melhora significativa de vida no governo Lula (só o aumento de 16,67% do salário mínimo e a tabela da correção do imposto de renda geraram um volume de recursos extras na economia da ordem de 25 bilhões). E eles têm, sim, uma lógica ao votar.
Um consenso nas escolas de ciência política internacionais, passando pela escola de Michigan, é a “ A teoria da racionalidade de baixa informação”, proposta por Popkin (The reasoning of voter – 1994), que explica bem a realidade brasileira. Popkin critica a utilização de certos dados dos surveys como base para julgar o grau de informação utilizado pelo eleitor ao votar: certamente, a maior parte dos cidadãos não conhece muitos dos fatos básicos da política, mas avaliar os eleitores pelo que eles não sabem do “livro-texto do civismo” nos impede de saber o que eles sabem, e o que eles podem fazer sem saber os fatos da política. Esse viés subestima quanta informação eles captam e processam durante a campanha e como eles usam a informação para entender os candidatos.
O que eu vejo é que o eleitor brasileiro amadureceu e está fazendo uma opção lógica pela reeleiçao de Lula, combinando aprendizado e informação de experiências passadas, da vida cotidiana, da economia, da mídia e das campanhas políticas. As pessoas estão usando atalhos que incorporam muita informação política -- e isso está traduzido nos resultados das pesquisas.
do Blog do Zé Dirceu
Nesses últimos dias alguns fatos me chamaram a atenção. De uma hora para outra, surgiu um mutirão de analistas de pesquisas. Passamos a ver e a escutar análises engraçadas, em tom de profecia, que diziam : “certamente teremos um segundo turno” ou “saldo de Lula cai e aponta o segundo turno”.
O fato é que, nas últimas três pesquisas divulgadas (CNI/Ibope, CNT/Sensus e DataFolha), o candidato Lula cresceu (47%), a avaliação de seu governo melhorou, o candidato Aclkmin caiu (19,8%) e a candidata HH variou dentro dos 10% da estimulada. E o mais importante: em nenhum lugar aparece um quadro ou tendência de um possível segundo turno.
Esses novos profetas da Cabala estatística, destituídos dos seus postos pelos fatos simples e claros apontados nas pesquisas, agora vêm com novas explicações sobre voto emocional e a falta de capacidade do brasileiro de fazer suas escolhas políticas.
O fato de grande parte da população brasileira ter baixa escolaridade não a impede de fazer uma análise racional do momento e da economia do Brasil, e tomar uma decisão lógica. O segredo do candidato Lula é conhecido pela grande maioria da população brasileira: é o compromisso com os trabalhadores e com os pobres, traduzido no incremento dos programas sociais, na inclusão social, na estabilidade e no crescimento da economia brasileira.
O que setores da imprensa e certos políticos não conseguem aceitar é que os pobres, que eles tanto citam, tiveram uma melhora significativa de vida no governo Lula (só o aumento de 16,67% do salário mínimo e a tabela da correção do imposto de renda geraram um volume de recursos extras na economia da ordem de 25 bilhões). E eles têm, sim, uma lógica ao votar.
Um consenso nas escolas de ciência política internacionais, passando pela escola de Michigan, é a “ A teoria da racionalidade de baixa informação”, proposta por Popkin (The reasoning of voter – 1994), que explica bem a realidade brasileira. Popkin critica a utilização de certos dados dos surveys como base para julgar o grau de informação utilizado pelo eleitor ao votar: certamente, a maior parte dos cidadãos não conhece muitos dos fatos básicos da política, mas avaliar os eleitores pelo que eles não sabem do “livro-texto do civismo” nos impede de saber o que eles sabem, e o que eles podem fazer sem saber os fatos da política. Esse viés subestima quanta informação eles captam e processam durante a campanha e como eles usam a informação para entender os candidatos.
O que eu vejo é que o eleitor brasileiro amadureceu e está fazendo uma opção lógica pela reeleiçao de Lula, combinando aprendizado e informação de experiências passadas, da vida cotidiana, da economia, da mídia e das campanhas políticas. As pessoas estão usando atalhos que incorporam muita informação política -- e isso está traduzido nos resultados das pesquisas.
do Blog do Zé Dirceu
Justiça determina Assembléia Paulista a instalar CPI
Um absurdo: o regimento interno da Assembléia Legislativa de São Paulo estabelece que pedidos de CPI devem ser aprovados pela maioria dos deputados. UM ABSURDO: CPI é instrumento da minoria.
Utilizando-se deste artifício regimental, o PSDB impediu, desde março de 2003, que fosse instalada qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito.
Neste período, foram protocolados 69 pedidos, todos engavetados pelos tucanos e seus aliados. Vejamos alguns dos temas que deveriam ter sido objeto de investigação:
- Obra do trecho Oeste do Rodoanel: Prevista para custar R$ 339 milhões, mas consumiu mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Foram orçados R$ 338,8 milhões, preço dado pela empresa que venceu a licitação em setembro de 1998. Após os primeiros acréscimos o preço subiu para R$ 575,8 milhões, ou seja 70% a mais. A lei estabelece um limite de 25%, caso contrário o governo teria a obrigação de fazer uma nova licitação, anulando os contratos anteriores.
- Febem: Em 12 anos à frente do Estado de São Paulo, o PSDB jamais conseguiu dar uma resposta aos inúmeros problemas enfrentados pela instituição. Somente de 2000 a 2005, foram 147 rebeliões, 67 tumultos, 595 fugas, 4.107 fugitivos e 7 mortes, além de casos de torturas e estupro. Em abril de 2003, foi solicitada uma CPI para investigar diversos fatos ocorridos na administração da Febem, durante a administração do tucano Geraldo Alckmin. Em 2005, no auge da crise da Febem, o governador anunciou a construção de 41 novas unidades, que não saíram do papel.
- CDHU: A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano é alvo de dois pedidos de CPI. A primeira denúncia veio à tona em abril de 2004, quando a CDHU comprou um terreno em Americana que era de uma empresa do ex-secretário dos Transportes, Michael Paul Zeitlin. Em dezembro de 2005, uma denuncia apontava que a CDHU vendia unidades habitacionais por meio de um esquema de fraude. De 2000 a 2005, o governo do Estado deixou de investir R$ 850 milhões em habitação, quantia superior ao orçamento anual do órgão. Com isso, as metas de construção de moradias nunca foram alcançadas, o déficit habitacional chega a mais de 1 milhão. Só na capital paulista há cerca de 10 mil moradores de ruas.
- Rio Tietê: A obra de rebaixamento da Calha do Rio Tietê também é outro ralo por onde o dinheiro do povo paulista sumiu. Foram mais de R$ 1 bilhão, sem resolver o problema das enchentes e com inúmeras suspeitas de irregularidades.
Na verdade, Alckmin agiu como FHC, que também obstruiu a criação de CPIs durante seus oitos anos de governo. Na gestão de FHC, foram engavetados vários escândalos, como as denúncias de corrupção e tráfico de influência no contrato de criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). A CPI sobre o caso foi esvaziada em 2001 pelos aliados de FHC. Outra CPI engavetada na mesma época iria investigar a privatização do sistema Telebrás. Conversas telefônicas indicavam favorecimento do BNDES ao consórcio do banco Opportunity.
Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que a CPI é um instrumento da minoria e, assim, basta ter um terço de assinaturas dos parlamentares. A bancada do PT na Assembléia Legislativa defende que, prioritariamente, sejam instaladas as CPIs da CDHU, Rodoanel, do Tietê, Febem e Nossa Caixa, casos nos quais os deputados avaliam que têm mais indícios de irregularidades no governo do PSDB.
Fonte: Antivírus
Utilizando-se deste artifício regimental, o PSDB impediu, desde março de 2003, que fosse instalada qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito.
Neste período, foram protocolados 69 pedidos, todos engavetados pelos tucanos e seus aliados. Vejamos alguns dos temas que deveriam ter sido objeto de investigação:
- Obra do trecho Oeste do Rodoanel: Prevista para custar R$ 339 milhões, mas consumiu mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Foram orçados R$ 338,8 milhões, preço dado pela empresa que venceu a licitação em setembro de 1998. Após os primeiros acréscimos o preço subiu para R$ 575,8 milhões, ou seja 70% a mais. A lei estabelece um limite de 25%, caso contrário o governo teria a obrigação de fazer uma nova licitação, anulando os contratos anteriores.
- Febem: Em 12 anos à frente do Estado de São Paulo, o PSDB jamais conseguiu dar uma resposta aos inúmeros problemas enfrentados pela instituição. Somente de 2000 a 2005, foram 147 rebeliões, 67 tumultos, 595 fugas, 4.107 fugitivos e 7 mortes, além de casos de torturas e estupro. Em abril de 2003, foi solicitada uma CPI para investigar diversos fatos ocorridos na administração da Febem, durante a administração do tucano Geraldo Alckmin. Em 2005, no auge da crise da Febem, o governador anunciou a construção de 41 novas unidades, que não saíram do papel.
- CDHU: A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano é alvo de dois pedidos de CPI. A primeira denúncia veio à tona em abril de 2004, quando a CDHU comprou um terreno em Americana que era de uma empresa do ex-secretário dos Transportes, Michael Paul Zeitlin. Em dezembro de 2005, uma denuncia apontava que a CDHU vendia unidades habitacionais por meio de um esquema de fraude. De 2000 a 2005, o governo do Estado deixou de investir R$ 850 milhões em habitação, quantia superior ao orçamento anual do órgão. Com isso, as metas de construção de moradias nunca foram alcançadas, o déficit habitacional chega a mais de 1 milhão. Só na capital paulista há cerca de 10 mil moradores de ruas.
- Rio Tietê: A obra de rebaixamento da Calha do Rio Tietê também é outro ralo por onde o dinheiro do povo paulista sumiu. Foram mais de R$ 1 bilhão, sem resolver o problema das enchentes e com inúmeras suspeitas de irregularidades.
Na verdade, Alckmin agiu como FHC, que também obstruiu a criação de CPIs durante seus oitos anos de governo. Na gestão de FHC, foram engavetados vários escândalos, como as denúncias de corrupção e tráfico de influência no contrato de criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). A CPI sobre o caso foi esvaziada em 2001 pelos aliados de FHC. Outra CPI engavetada na mesma época iria investigar a privatização do sistema Telebrás. Conversas telefônicas indicavam favorecimento do BNDES ao consórcio do banco Opportunity.
Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que a CPI é um instrumento da minoria e, assim, basta ter um terço de assinaturas dos parlamentares. A bancada do PT na Assembléia Legislativa defende que, prioritariamente, sejam instaladas as CPIs da CDHU, Rodoanel, do Tietê, Febem e Nossa Caixa, casos nos quais os deputados avaliam que têm mais indícios de irregularidades no governo do PSDB.
Fonte: Antivírus
Tucanagem: Insegurança em São Paulo
São Paulo voltou a ser alvo de ataques do Primeiro Comando da Capital. Novamente, o governo federal colocou-se à disposição do governo estadual, para colaborar no que fosse necessário. O governo estadual tomou este oferecimento, que em última análise constitui uma obrigação do governo federal, como pretexto para uma disputa político-eleitoral.
A postura agressiva dos tucanos e pefelistas, especialmente do secretário de Segurança do estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, é sinal de quem tem grande parte ou grande cota de responsabilidade no que está correndo. Afinal, os tucanos e pefelistas governam São Paulo há doze anos. Implementaram uma política de “segurança pública” que produziu duas catástrofes: a Febem e o PCC.
O governo federal faz certo, ao oferecer ajuda para o estado de São Paulo lidar com a situação. Assim devem ser as relações numa república federativa. Ao mesmo tempo, compete aos partidos políticos e aos candidatos debater as diferentes concepções de segurança pública. A conduta supostamente “linha dura” do secretário Saulo de Castro Abreu Filho, que não o impediu de negociar com o PCC, combinado com uma política carcerária que na prática facilitou o recrutamento de aderentes para a organização criminosa, é diretamente responsável pelo que está acontecendo em São Paulo.
A postura agressiva dos tucanos e pefelistas, especialmente do secretário de Segurança do estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, é sinal de quem tem grande parte ou grande cota de responsabilidade no que está correndo. Afinal, os tucanos e pefelistas governam São Paulo há doze anos. Implementaram uma política de “segurança pública” que produziu duas catástrofes: a Febem e o PCC.
O governo federal faz certo, ao oferecer ajuda para o estado de São Paulo lidar com a situação. Assim devem ser as relações numa república federativa. Ao mesmo tempo, compete aos partidos políticos e aos candidatos debater as diferentes concepções de segurança pública. A conduta supostamente “linha dura” do secretário Saulo de Castro Abreu Filho, que não o impediu de negociar com o PCC, combinado com uma política carcerária que na prática facilitou o recrutamento de aderentes para a organização criminosa, é diretamente responsável pelo que está acontecendo em São Paulo.
CNT/Sensus confirma crescimento
A pesquisa divulgada ontem, da CNT/Sensus, mostra que:
Lula tem 47,9% das intenções de voto, contra 19,7% de Alckmin. Subiu para 28,2 pontos.
Lula ganhou votos, subindo um pouco acima da margem de erro, que é de três pontos, para mais ou para menos, e Alckmin caiu em relação a levantamento anterior do mesmo instituto.
A candidata do PSOL, Heloísa Helena, subiu de 5,4% para 9,3% das intenções de voto.
Os demais presidenciáveis pontuaram assim: Ana Maria Rangel 1,1%; Cristovam Buarque 0,6%; José Maria Eymael 0,4%; Luciano Bivar 0,2%; Rui Costa Pimenta 0,1%.
Indecisos, brancos e nulos somaram 20,9%.
Excluídos os indecisos, brancos e nulos, Lula teria 65% dos votos válidos, o que permite que seja reeleito ainda no primeiro turno com folga.
Mesmo assim, o Sensus também consultou os entrevistados quanto à hipótese de um segundo turno:
Lula teria 52,5% (acima dos 48,6% de julho) e
Geraldo Alckmin ficaria com 29,8% (uma queda de 6 pontos sobre os 35,8% apurados em julho).
Considerando apenas os votos válidos, o resultado seria de 63,8% para Lula e 36,2% para Alckmin.
A pesquisa foi realizada pelo instituto Sensus por solicitação da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Foram entrevistados 2.000 eleitores, de 1º a 4 de agosto. O número do protocolo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é 12310/2006.
Lula tem 47,9% das intenções de voto, contra 19,7% de Alckmin. Subiu para 28,2 pontos.
Lula ganhou votos, subindo um pouco acima da margem de erro, que é de três pontos, para mais ou para menos, e Alckmin caiu em relação a levantamento anterior do mesmo instituto.
A candidata do PSOL, Heloísa Helena, subiu de 5,4% para 9,3% das intenções de voto.
Os demais presidenciáveis pontuaram assim: Ana Maria Rangel 1,1%; Cristovam Buarque 0,6%; José Maria Eymael 0,4%; Luciano Bivar 0,2%; Rui Costa Pimenta 0,1%.
Indecisos, brancos e nulos somaram 20,9%.
Excluídos os indecisos, brancos e nulos, Lula teria 65% dos votos válidos, o que permite que seja reeleito ainda no primeiro turno com folga.
Mesmo assim, o Sensus também consultou os entrevistados quanto à hipótese de um segundo turno:
Lula teria 52,5% (acima dos 48,6% de julho) e
Geraldo Alckmin ficaria com 29,8% (uma queda de 6 pontos sobre os 35,8% apurados em julho).
Considerando apenas os votos válidos, o resultado seria de 63,8% para Lula e 36,2% para Alckmin.
A pesquisa foi realizada pelo instituto Sensus por solicitação da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Foram entrevistados 2.000 eleitores, de 1º a 4 de agosto. O número do protocolo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é 12310/2006.
Lula amplia vantagem e seria reeleito já no 1º turno
Lula: 47%
Geraldo: 24%
Heloísa: 12%
Cristovam: 1%
brancos e nulos: 7%
indecisos: 7%
José Maria Eymael (PSDC), Rui Pimenta (PCO) e Luciano Bivar (PSL) não atingiram 1%.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem. Com o resultado, Lula seria reeleito já no primeiro turno.
A pesquisa ouviu os eleitores nos dias 7 e 8 de agosto. Em relação ao levantamento anterior, de 17 e 18 de julho:
Lula subiu, de 44% para 47%
Alckmin teve queda, de 28% para 24%
Heloísa Helena oscilou de 10% para 12%
O levantamento foi divulgado no “Jornal Nacional”, da TV Globo, e será publicado na edição desta quarta da “Folha de S.Paulo”.
Na simulação de segundo turno, Lula bate Alckmin por 54% a 37%, segundo a pesquisa. Na pesquisa anterior, a vantagem de Lula era de 50% a 40%.
Na simulação entre Lula e Heloísa Helena, o presidente bate a candidata do PSOL por 54% a 35%.
A pesquisa Datafolha ouviu 6.969 eleitores em 306 municípios de 25 unidades da Federação. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 12.633/2006.
Margem de erro: 2%.
Geraldo: 24%
Heloísa: 12%
Cristovam: 1%
brancos e nulos: 7%
indecisos: 7%
José Maria Eymael (PSDC), Rui Pimenta (PCO) e Luciano Bivar (PSL) não atingiram 1%.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem. Com o resultado, Lula seria reeleito já no primeiro turno.
A pesquisa ouviu os eleitores nos dias 7 e 8 de agosto. Em relação ao levantamento anterior, de 17 e 18 de julho:
Lula subiu, de 44% para 47%
Alckmin teve queda, de 28% para 24%
Heloísa Helena oscilou de 10% para 12%
O levantamento foi divulgado no “Jornal Nacional”, da TV Globo, e será publicado na edição desta quarta da “Folha de S.Paulo”.
Na simulação de segundo turno, Lula bate Alckmin por 54% a 37%, segundo a pesquisa. Na pesquisa anterior, a vantagem de Lula era de 50% a 40%.
Na simulação entre Lula e Heloísa Helena, o presidente bate a candidata do PSOL por 54% a 35%.
A pesquisa Datafolha ouviu 6.969 eleitores em 306 municípios de 25 unidades da Federação. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 12.633/2006.
Margem de erro: 2%.
Zé Dirceu está na rede. Confira seu blog
Sanguessugas: a história que precisa ser contada
A oposição e seus prepostos na mídia engajada na campanha alquimista não querem dar o braço a torcer, mas a verdade é que o auge do esquema dos sanguessugas foi em 2002, quando o candidato José Serra deixou o Ministério da Saúde para disputar a Presidência com Lula. Não se trata de disputar campeonato de corrupção com os tucanos, mas de colocar as coisas no devido lugar.
1) O ato governamental que estimulou a massificação do esquema da Planam foi a interpretação que a equipe de Pedro Malan deu à Emenda Constitucional 29 (que vincula verbas para o orçamento da Saúde, conforme o crescimento do PIB), tungando recursos que deveriam ir obrigatoriamente para o orçamento da Saúde;
2) A bancada da Saúde no Congresso brigou para ampliar a verba, mas os congressistas tiveram de concordar em destinar parte de suas emendas individuais para programas do ministério comandado por Serra;
3) Os vendedores de equipamentos na área de saúde montaram grandes estruturas de lobby no Congresso para ampliar os orçamentos dos programas que lhes interessavam, e a máfia das ambulâncias visitou grande parte dos gabinetes dos parlamentares para oferecer seu produto;
4) Não dá para dizer que todos os que apresentaram emendas para compra de ambulâncias tenham sido corrompidos, mas uma pergunta básica fica no ar para ser respondida pelos citados: qual a vantagem que um parlamentar teria em aplicar sua emenda em ambulância e não na ampliação de um ambulatório ou instalação de uma UTI infantil?;
5) A maioria dos convênios para abertura das licitações ocorreu em 2002, no ocaso do governo Fernando Henrique;
6) A maioria dos empenhos (que são as promessas de liberação dos recursos) foi registrada em 2002, no governo Fernando Henrique, quando o ministro da Saúde era o atual prefeito tucano de Piracicaba, Barjas Negri (aliás, não sei porque ninguém propôs a convocação dele para depor na CPI ou na Polícia Federal);
7) Uma centena de ambulâncias foi entregue durante a campanha de 2002 sem nenhuma garantia de liberação dos recursos por parte do governo federal;
8) O governo do PT assumiu denunciando que os tucanos tinham autorizado o pagamento de quase R$ 20 bilhões no apagar das luzes de 2002, deixando a fatura para ser paga por nós;
9) A Casa Civil teve participação no encaminhamento dos pleitos dos parlamentares apenas em 2003, quando o nível de transferências para liquidar os empenhos feitos no governo anterior foi baixíssimo, em função do contingenciamento;
10) Foi o governo do PT que desmontou esse ninho de corrupção, graças à ação da Corregedoria Geral da União, que passou a fiscalizar, efetivamente, a destinação dos recursos repassados aos municípios (esse crédito não pode ser esquecido nem menosprezado!);
11) A licitação feita pelas prefeituras é o momento-chave para que a operação arquitetada pelos sanguessugas tenha sucesso. Todas as etapas anteriores (emenda, convênio, empenho, liberação) poderiam, em tese, ter sido ultrapassadas sem a necessidade de corrupção, mas as licitações, não. Uma investigação séria deveria apurar por que os prefeitos ou funcionários de prefeituras foram coniventes com o esquema (Corrupção? Pressão de parlamentares? Coação do Ministério?);
12) Ainda que esteja colaborando com a Justiça, o corruptor não pode ser tratado como vítima. É o grande vilão da história. Pode estar falando toda a verdade, mas pode estar mentindo em alguma coisa, para poupar amigos ou desmoralizar inimigos de seus amigos;
13) A imprensa publica listas e listas de envolvidos com base em depoimentos, mas cadê as cópias dos depósitos, os extratos bancários? Isso é o que pode ser considerado prova irrefutável. No mais, são indícios ou suspeitas que precisam ser apurados com rigor, mas dando aos acusados o direito de serem considerados inocentes até que as provas digam o contrário;
14) Virou moda no Brasil publicar qualquer coisa que se diga contra o PT ou seus candidatos e dirigentes, mesmo por pessoas que não merecem credibilidade. Não há pudor jornalístico quando o alvo é o PT. Depois, quando os acusadores são processados e retiram as acusações, a notícia vira registro no pé da página, como aconteceu comigo no caso do irmão do Celso Daniel.
Mas nós vamos vencer os injustos e as injustiças.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
A oposição e seus prepostos na mídia engajada na campanha alquimista não querem dar o braço a torcer, mas a verdade é que o auge do esquema dos sanguessugas foi em 2002, quando o candidato José Serra deixou o Ministério da Saúde para disputar a Presidência com Lula. Não se trata de disputar campeonato de corrupção com os tucanos, mas de colocar as coisas no devido lugar.
1) O ato governamental que estimulou a massificação do esquema da Planam foi a interpretação que a equipe de Pedro Malan deu à Emenda Constitucional 29 (que vincula verbas para o orçamento da Saúde, conforme o crescimento do PIB), tungando recursos que deveriam ir obrigatoriamente para o orçamento da Saúde;
2) A bancada da Saúde no Congresso brigou para ampliar a verba, mas os congressistas tiveram de concordar em destinar parte de suas emendas individuais para programas do ministério comandado por Serra;
3) Os vendedores de equipamentos na área de saúde montaram grandes estruturas de lobby no Congresso para ampliar os orçamentos dos programas que lhes interessavam, e a máfia das ambulâncias visitou grande parte dos gabinetes dos parlamentares para oferecer seu produto;
4) Não dá para dizer que todos os que apresentaram emendas para compra de ambulâncias tenham sido corrompidos, mas uma pergunta básica fica no ar para ser respondida pelos citados: qual a vantagem que um parlamentar teria em aplicar sua emenda em ambulância e não na ampliação de um ambulatório ou instalação de uma UTI infantil?;
5) A maioria dos convênios para abertura das licitações ocorreu em 2002, no ocaso do governo Fernando Henrique;
6) A maioria dos empenhos (que são as promessas de liberação dos recursos) foi registrada em 2002, no governo Fernando Henrique, quando o ministro da Saúde era o atual prefeito tucano de Piracicaba, Barjas Negri (aliás, não sei porque ninguém propôs a convocação dele para depor na CPI ou na Polícia Federal);
7) Uma centena de ambulâncias foi entregue durante a campanha de 2002 sem nenhuma garantia de liberação dos recursos por parte do governo federal;
8) O governo do PT assumiu denunciando que os tucanos tinham autorizado o pagamento de quase R$ 20 bilhões no apagar das luzes de 2002, deixando a fatura para ser paga por nós;
9) A Casa Civil teve participação no encaminhamento dos pleitos dos parlamentares apenas em 2003, quando o nível de transferências para liquidar os empenhos feitos no governo anterior foi baixíssimo, em função do contingenciamento;
10) Foi o governo do PT que desmontou esse ninho de corrupção, graças à ação da Corregedoria Geral da União, que passou a fiscalizar, efetivamente, a destinação dos recursos repassados aos municípios (esse crédito não pode ser esquecido nem menosprezado!);
11) A licitação feita pelas prefeituras é o momento-chave para que a operação arquitetada pelos sanguessugas tenha sucesso. Todas as etapas anteriores (emenda, convênio, empenho, liberação) poderiam, em tese, ter sido ultrapassadas sem a necessidade de corrupção, mas as licitações, não. Uma investigação séria deveria apurar por que os prefeitos ou funcionários de prefeituras foram coniventes com o esquema (Corrupção? Pressão de parlamentares? Coação do Ministério?);
12) Ainda que esteja colaborando com a Justiça, o corruptor não pode ser tratado como vítima. É o grande vilão da história. Pode estar falando toda a verdade, mas pode estar mentindo em alguma coisa, para poupar amigos ou desmoralizar inimigos de seus amigos;
13) A imprensa publica listas e listas de envolvidos com base em depoimentos, mas cadê as cópias dos depósitos, os extratos bancários? Isso é o que pode ser considerado prova irrefutável. No mais, são indícios ou suspeitas que precisam ser apurados com rigor, mas dando aos acusados o direito de serem considerados inocentes até que as provas digam o contrário;
14) Virou moda no Brasil publicar qualquer coisa que se diga contra o PT ou seus candidatos e dirigentes, mesmo por pessoas que não merecem credibilidade. Não há pudor jornalístico quando o alvo é o PT. Depois, quando os acusadores são processados e retiram as acusações, a notícia vira registro no pé da página, como aconteceu comigo no caso do irmão do Celso Daniel.
Mas nós vamos vencer os injustos e as injustiças.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
04 agosto 2006
Caixa 2 Tucano de Furnas gera Operação Enguia
OPERAÇÃO ENGUIA REALIZA BUSCAS EM TRÊS CIDADES PAULISTAS
SÃO PAULO/SP - A Polícia Federal realizou dia 3, a Operação Enguia para cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bauru e Guarujá.
As buscas estão sendo realizadas nas sedes da empresa Bauruense e nas residências de seus sócios. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.
As buscas de hoje fazem parte da investigação que apura irregularidades na empresa Furnas Centrais Elétricas e a suposta existência de um esquema ilícito visando a arrecadação de recursos para o financiamento de campanhas eleitorais e partidos políticos.
A Bauruense é responsável pela maior parte dos contratos de terceirização de mão-de-obra de Furnas. A Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União já constataram nestes contratos possíveis problemas nas licitações e superfaturamento.
O objetivo das buscas é a apreensão de computadores e documentos que possam contribuir para a investigação e esclarecer a forma de desvio de recursos.
Todo material será analisado por peritos da PF e as conclusões serão anexadas ao inquérito, que corre em segredo de Justiça.Dos mandados de busca, quatro estão sendo cumpridos na capital paulista, sete na cidade de Bauru e um no município do Guarujá.
SÃO PAULO/SP - A Polícia Federal realizou dia 3, a Operação Enguia para cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bauru e Guarujá.
As buscas estão sendo realizadas nas sedes da empresa Bauruense e nas residências de seus sócios. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.
As buscas de hoje fazem parte da investigação que apura irregularidades na empresa Furnas Centrais Elétricas e a suposta existência de um esquema ilícito visando a arrecadação de recursos para o financiamento de campanhas eleitorais e partidos políticos.
A Bauruense é responsável pela maior parte dos contratos de terceirização de mão-de-obra de Furnas. A Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União já constataram nestes contratos possíveis problemas nas licitações e superfaturamento.
O objetivo das buscas é a apreensão de computadores e documentos que possam contribuir para a investigação e esclarecer a forma de desvio de recursos.
Todo material será analisado por peritos da PF e as conclusões serão anexadas ao inquérito, que corre em segredo de Justiça.Dos mandados de busca, quatro estão sendo cumpridos na capital paulista, sete na cidade de Bauru e um no município do Guarujá.
Esquema Sanguessuga começou no Governo FHC
Em discurso da tribuna, a senadora Ideli Salvati (PT-SC) pediu à mesa diretora do Senado para encaminhar à CPI dos Sanguessugas fotografias em que o ex-ministro da Saúde José Serra (PSDB) aparece numa cerimônia para entrega de ambulâncias no Mato Grosso, em 2001. (Veja as fotografias aqui)
Segundo ela, trata-se de indício do nascedouro do esquema ainda durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. E motivo para a convocação de Serra, candidato favorito ao governo de São Paulo, para depor na CPI.
A existência das fotos e mesmo da cerimônia, porém, já eram de conhecimento da CPI desde o último dia 13, quando seis membros da comissão foram a Cuiabá (MT) ouvir secretamente o sócio da Planam, Darci Vedoin, que estava preso.
A eles, Darci lembrou ter entregue 56 ambulâncias para municípios mato-grossenses, junto ao então governador, Dante de Oliveira — morto mês passado —, ao ministro Serra e aos deputados da bancada do Mato Grosso. “Foi num local fechado, lá no Pantanal”, disse.
Emenda
A descrição corresponde às fotos que vinham circulando na internet. “Cinqüenta e seis unidades, todas fotografadas, com a presença do governador, com a presença do ministro, com a presença de todo mundo. Com a minha presença. Aí, nós começamos a pensar maior”, disse Darci Vedoin a membros da CPI.
Segundo o dono da Planam, o dinheiro para a compra das ambulâncias foi orçado numa emenda de bancada subscrita por todos os deputados do Mato Grosso. Alguns deles já cobraram propina da empresa, conforme o depoimento.
Naquela ocasião, o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), perguntou ao empresário se alguém do Ministério da Saúde também “já entrava” no esquema das ambulâncias. Darci respondeu: “não”.
A fraude consistia no superfaturamento dos veículos, que era viabilizado pela montagem das licitações ou por sua fragmentação, de Tomada de Preços para Convite, modalidade que não exige tanta publicidade, haja vista que os valores dos projetos eram fragmentados de forma a que sempre fossem inferior a R$ 80 mil.
Dessa forma, era possível fazer cartas-convites para a Planam e para outras empresas fantasmas, que apresentavam valores ainda mais altos do que a empresa mato-grossense. A Polícia Federal estima que a quadrilha tenha movimentado R$ 110 milhões, desde 2001.
Veja aqui os depoimentos de Vedoim: em 23.07.2006 e em 03.08.2006
Fonte: Blog Amigos do Presidente Lula
Segundo ela, trata-se de indício do nascedouro do esquema ainda durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. E motivo para a convocação de Serra, candidato favorito ao governo de São Paulo, para depor na CPI.
A existência das fotos e mesmo da cerimônia, porém, já eram de conhecimento da CPI desde o último dia 13, quando seis membros da comissão foram a Cuiabá (MT) ouvir secretamente o sócio da Planam, Darci Vedoin, que estava preso.
A eles, Darci lembrou ter entregue 56 ambulâncias para municípios mato-grossenses, junto ao então governador, Dante de Oliveira — morto mês passado —, ao ministro Serra e aos deputados da bancada do Mato Grosso. “Foi num local fechado, lá no Pantanal”, disse.
Emenda
A descrição corresponde às fotos que vinham circulando na internet. “Cinqüenta e seis unidades, todas fotografadas, com a presença do governador, com a presença do ministro, com a presença de todo mundo. Com a minha presença. Aí, nós começamos a pensar maior”, disse Darci Vedoin a membros da CPI.
Segundo o dono da Planam, o dinheiro para a compra das ambulâncias foi orçado numa emenda de bancada subscrita por todos os deputados do Mato Grosso. Alguns deles já cobraram propina da empresa, conforme o depoimento.
Naquela ocasião, o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), perguntou ao empresário se alguém do Ministério da Saúde também “já entrava” no esquema das ambulâncias. Darci respondeu: “não”.
A fraude consistia no superfaturamento dos veículos, que era viabilizado pela montagem das licitações ou por sua fragmentação, de Tomada de Preços para Convite, modalidade que não exige tanta publicidade, haja vista que os valores dos projetos eram fragmentados de forma a que sempre fossem inferior a R$ 80 mil.
Dessa forma, era possível fazer cartas-convites para a Planam e para outras empresas fantasmas, que apresentavam valores ainda mais altos do que a empresa mato-grossense. A Polícia Federal estima que a quadrilha tenha movimentado R$ 110 milhões, desde 2001.
Veja aqui os depoimentos de Vedoim: em 23.07.2006 e em 03.08.2006
Fonte: Blog Amigos do Presidente Lula
PF desencadeia a Operação Dominó
PORTO VELHO/RO - A Polícia Federal desencadeou na manhã de hoje, no estado de Rondônia, a Operação Dominó, para desarticular uma organização criminosa que agia na Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia (ALE/RO) desviando recursos públicos.
O grupo também é acusado de exercer influência indevida e promíscua sobre agentes do Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e do Poder Executivo do Estado. As investigações tiveram início em junho de 2005.
A Operação Dominó realiza hoje buscas, apreensões e prisões, e conta com a participação de 300 policiais federais do Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Acre e Rondônia. Até o momento dez prisões já foram confirmadas.
Dentre os presos estão deputados estaduais, um procurador, o desembargador presidente do TJ/RO, além de um juiz de direito e empresários.
No cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foi encontrada grande soma de dinheiro na residência de um dos deputados em notas pequenas, sugerindo compra de votos.
O filho de outro deputado foi preso em flagrante por posse ilegal de uma arma de fogo.
A Organização Criminosa
Segundo as investigações, o grupo criminoso lesou os cofres públicos em cerca de R$ 70 milhões, e tem como principal membro o próprio Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Deputado Estadual José Carlos de Oliveira, conhecido como Carlão de Oliveira, um dos presos na operação.
Integram também o grupo criminoso outros parlamentares estaduais que se beneficiaram com os recursos desviados, inclusive integrantes da Mesa Diretora da ALE/RO.
A Organização Criminosa conta com a participação de inúmeros integrantes.
Alguns deles estão diretamente ligados a deputados estaduais, outros têm posição destacada na organização devido à função que ocupavam na estrutura funcional da ALE/RO, sendo o caso de servidores das Diretorias Geral, de Recursos Humanos, Financeira e da Comissão Permanente de Licitação, já que todos os atos formais de contratação e pagamento da Assembléia passam, necessariamente, por esses setores.
As investigações apontaram inúmeros empresários de Rondônia e também de outros Estados do Brasil envolvidos com a organização criminosa.
A função dessas pessoas fica destacada e se justifica quando a ALE/RO celebra contratos apoiados em processos licitatórios viciados e fraudulentos com suas empresas. Dessa forma, recursos públicos são desviados nos pagamentos de serviços, compras e obras superfaturadas.
Em algumas situações, os objetos dos contratos sequer eram entregues ou prestados. Esses empresários dividiam com os integrantes da organização as vantagens econômicas obtidas através dessas praticas criminosas.
Há o envolvimento de dezenas de “laranjas”, que emprestam seus nomes, dados e contas bancárias para movimentar recursos e ocultar patrimônio e titularidade das empresas envolvidas no esquema. O uso desses laranjas tem o objetivo de dificultar a obtenção de provas e garantir a impunidade dos chefões do esquema.
As investigações realizadas pela Polícia Federal foram submetidas ao Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia e ao Superior Tribunal de Justiça. Os crimes inicialmente investigados foram revelados em fitas gravadas pelo Governador do Estado.
As investigações constataram que a atuação do grupo criminoso já chegava a comprometer algumas das instituições investigadas.
Uma nova frente investigativa foi então aberta, desta vez através do Superior Tribunal de Justiça, no intuito de apurar a exata participação de Desembargadores de Justiça e Conselheiros do Tribunal de Contas nas práticas criminosas dirigidas pelo grupo do deputado Carlão de Oliveira.
Mesmo com a investigação ocorrendo em paralelo no STJ, as provas obtidas demonstram que já nas primeiras decisões proferidas pela Justiça Estadual de 1ª Instância, em atendimento a ações desenvolvidas pela Policia Federal e Ministério Público, o grupo criminoso cooptou altos membros do Poder Judiciário, Ministério Publico e Tribunal de Contas Estaduais.
Histórico dos Fatos
Em 03/06/2005, a Polícia Federal iniciou investigação para apurar supostos crimes revelados por reportagens veiculadas nos dias 15, 22 e 29 de maio de 2005 na Rede Globo de Televisão, através do programa Fantástico.
Foram veiculadas gravações realizadas pelo Governador do Estado de Rondônia, Ivo Narciso Cassol, que retratavam parlamentares estaduais exigindo do Governador consideráveis somas em dinheiro para apoiar e votar projetos de interesse do Governo do Estado.
As imagens mostravam reuniões entre o Governador Ivo Cassol e Deputados Estaduais, em que ocorrem diálogos que demonstravam a prática de crimes de concussão, corrupção passiva e formação de quadrilha.
Na última reportagem veiculada, é exibida uma reunião entre o Governador e um ex-assessor da Assembléia Legislativa, que denuncia a existência de desvio de dinheiro da Assembléia, mediante a emissão de cheques para pagamento de servidores comissionados cujas assinaturas seriam falsificadas e, depois de descontados, seriam destinados a Deputados Estaduais.
Os fatos investigados apresentam pontos de conexão já que as ações têm origem sempre a partir de um mesmo grupo operando dentro da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, embora guardem independência suficiente que permite apuração em esquemas distintos.
São investigados crimes praticados no pagamento de salários dos servidores comissionados da Assembléia Legislativa de Rondônia; na contratação de empresas prestadoras de serviços e fornecedoras de produtos; por concussão praticada pelos deputados estaduais contra o Governador (escândalo das fitas); de corrupção, exploração de prestígio, advocacia administrativa, tráfico de influência e outros crimes praticados por pessoas ligadas ao grupo.
Operação Dominó
As investigações foram batizadas de “OPERAÇÃO DOMINÓ”, em alusão ao efeito desencadeado quando as peças desse jogo estão perfiladas umas próximas às outras e a primeira é tombada sobre a seguinte. Naquela época, acreditava-se que com a provável cassação ou renuncia de algum parlamentar envolvido no escândalo, todos os demais que tivessem participação no esquema seriam atingidos.
O grupo também é acusado de exercer influência indevida e promíscua sobre agentes do Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e do Poder Executivo do Estado. As investigações tiveram início em junho de 2005.
A Operação Dominó realiza hoje buscas, apreensões e prisões, e conta com a participação de 300 policiais federais do Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Acre e Rondônia. Até o momento dez prisões já foram confirmadas.
Dentre os presos estão deputados estaduais, um procurador, o desembargador presidente do TJ/RO, além de um juiz de direito e empresários.
No cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foi encontrada grande soma de dinheiro na residência de um dos deputados em notas pequenas, sugerindo compra de votos.
O filho de outro deputado foi preso em flagrante por posse ilegal de uma arma de fogo.
A Organização Criminosa
Segundo as investigações, o grupo criminoso lesou os cofres públicos em cerca de R$ 70 milhões, e tem como principal membro o próprio Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Deputado Estadual José Carlos de Oliveira, conhecido como Carlão de Oliveira, um dos presos na operação.
Integram também o grupo criminoso outros parlamentares estaduais que se beneficiaram com os recursos desviados, inclusive integrantes da Mesa Diretora da ALE/RO.
A Organização Criminosa conta com a participação de inúmeros integrantes.
Alguns deles estão diretamente ligados a deputados estaduais, outros têm posição destacada na organização devido à função que ocupavam na estrutura funcional da ALE/RO, sendo o caso de servidores das Diretorias Geral, de Recursos Humanos, Financeira e da Comissão Permanente de Licitação, já que todos os atos formais de contratação e pagamento da Assembléia passam, necessariamente, por esses setores.
As investigações apontaram inúmeros empresários de Rondônia e também de outros Estados do Brasil envolvidos com a organização criminosa.
A função dessas pessoas fica destacada e se justifica quando a ALE/RO celebra contratos apoiados em processos licitatórios viciados e fraudulentos com suas empresas. Dessa forma, recursos públicos são desviados nos pagamentos de serviços, compras e obras superfaturadas.
Em algumas situações, os objetos dos contratos sequer eram entregues ou prestados. Esses empresários dividiam com os integrantes da organização as vantagens econômicas obtidas através dessas praticas criminosas.
Há o envolvimento de dezenas de “laranjas”, que emprestam seus nomes, dados e contas bancárias para movimentar recursos e ocultar patrimônio e titularidade das empresas envolvidas no esquema. O uso desses laranjas tem o objetivo de dificultar a obtenção de provas e garantir a impunidade dos chefões do esquema.
As investigações realizadas pela Polícia Federal foram submetidas ao Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia e ao Superior Tribunal de Justiça. Os crimes inicialmente investigados foram revelados em fitas gravadas pelo Governador do Estado.
As investigações constataram que a atuação do grupo criminoso já chegava a comprometer algumas das instituições investigadas.
Uma nova frente investigativa foi então aberta, desta vez através do Superior Tribunal de Justiça, no intuito de apurar a exata participação de Desembargadores de Justiça e Conselheiros do Tribunal de Contas nas práticas criminosas dirigidas pelo grupo do deputado Carlão de Oliveira.
Mesmo com a investigação ocorrendo em paralelo no STJ, as provas obtidas demonstram que já nas primeiras decisões proferidas pela Justiça Estadual de 1ª Instância, em atendimento a ações desenvolvidas pela Policia Federal e Ministério Público, o grupo criminoso cooptou altos membros do Poder Judiciário, Ministério Publico e Tribunal de Contas Estaduais.
Histórico dos Fatos
Em 03/06/2005, a Polícia Federal iniciou investigação para apurar supostos crimes revelados por reportagens veiculadas nos dias 15, 22 e 29 de maio de 2005 na Rede Globo de Televisão, através do programa Fantástico.
Foram veiculadas gravações realizadas pelo Governador do Estado de Rondônia, Ivo Narciso Cassol, que retratavam parlamentares estaduais exigindo do Governador consideráveis somas em dinheiro para apoiar e votar projetos de interesse do Governo do Estado.
As imagens mostravam reuniões entre o Governador Ivo Cassol e Deputados Estaduais, em que ocorrem diálogos que demonstravam a prática de crimes de concussão, corrupção passiva e formação de quadrilha.
Na última reportagem veiculada, é exibida uma reunião entre o Governador e um ex-assessor da Assembléia Legislativa, que denuncia a existência de desvio de dinheiro da Assembléia, mediante a emissão de cheques para pagamento de servidores comissionados cujas assinaturas seriam falsificadas e, depois de descontados, seriam destinados a Deputados Estaduais.
Os fatos investigados apresentam pontos de conexão já que as ações têm origem sempre a partir de um mesmo grupo operando dentro da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, embora guardem independência suficiente que permite apuração em esquemas distintos.
São investigados crimes praticados no pagamento de salários dos servidores comissionados da Assembléia Legislativa de Rondônia; na contratação de empresas prestadoras de serviços e fornecedoras de produtos; por concussão praticada pelos deputados estaduais contra o Governador (escândalo das fitas); de corrupção, exploração de prestígio, advocacia administrativa, tráfico de influência e outros crimes praticados por pessoas ligadas ao grupo.
Operação Dominó
As investigações foram batizadas de “OPERAÇÃO DOMINÓ”, em alusão ao efeito desencadeado quando as peças desse jogo estão perfiladas umas próximas às outras e a primeira é tombada sobre a seguinte. Naquela época, acreditava-se que com a provável cassação ou renuncia de algum parlamentar envolvido no escândalo, todos os demais que tivessem participação no esquema seriam atingidos.
30 julho 2006
Dono da Planam ficou com Serra em 2002 para garantir pagamento
Em depoimento à Justiça Federal, o dono do grupo Planam, Luiz Antonio Vedoin, chefe da quadrilha dos sanguessugas, confirmou que o esquema de superfaturamento na compra de ambulâncias foi montado na gestão do ex-ministro da Saúde de Fernando Henrique e atual candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, que ficou no comando da pasta entre 1998 e 2002.
Vedoin disse ainda que torceu para que o tucano fosse eleito em 2002, derrotando o presidente Lula, para que o desvio de verbas no Ministério não fosse interrompido e para o dinheiro fluir normalmente como ocorreu na gestão de FH.
“O interrogando (Luiz Antonio Vedoin) acreditava que o candidato José Serra iria vencer as eleições do ano de 2002 e as emendas iriam ser pagas normalmente, como ocorreu durante o governo Fernando Henrique Cardoso”, descreve o documento da Justiça Federal que relata o depoimento do dono da Planam.
Vedoin reclamou que em 2003, já no novo governo, ele ficou sem receber R$ 8 milhões referente a cem ambulâncias superfaturadas que haviam sido entregues para as prefeituras entre julho e setembro de 2002.
Vedoin disse ainda que torceu para que o tucano fosse eleito em 2002, derrotando o presidente Lula, para que o desvio de verbas no Ministério não fosse interrompido e para o dinheiro fluir normalmente como ocorreu na gestão de FH.
“O interrogando (Luiz Antonio Vedoin) acreditava que o candidato José Serra iria vencer as eleições do ano de 2002 e as emendas iriam ser pagas normalmente, como ocorreu durante o governo Fernando Henrique Cardoso”, descreve o documento da Justiça Federal que relata o depoimento do dono da Planam.
Vedoin reclamou que em 2003, já no novo governo, ele ficou sem receber R$ 8 milhões referente a cem ambulâncias superfaturadas que haviam sido entregues para as prefeituras entre julho e setembro de 2002.
O dilema da garotinha do Garotinho
O maior dilema de Heloísa Helena, como ela mesma confessa, é perder o salário de parlamentar.
Diz a senadora: "Preferia ser candidata em Alagoas" (ao governo do Estado). Mas, apesar de o governador Ronaldo Lessa (PDT-AL) acenar com um possível apoio à sua candidatura ao Palácio dos Martírios, sede do governo alagoano, ela acredita que Lessa está mais interessado em ver o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), atual presidente do Senado, substituí-lo na administração estadual.
Sobra para Heloísa Helena, como ela mesma reconhece, o papel de atrapalhar a reeleição de Lula, candidatando-se à Presidência pelo seu PSOL, ciente das conseqüências da atitude.
"Não podemos ficar em 2006 estatelados diante do jogo neoliberal do PT e do PSDB. Faz parte da nossa tradição alguém ir para o sacrifício para outros manterem a trincheira da luta".
Se eu não vencer, vou deixar o salário de senadora pelo de professora universitária em Alagoas, uma decisão que afeta minha família, mas paciência", lamenta Heloísa Helena PSOL-AL.
E ela ainda faz aquela pose toda de quem está preocupada com os destinos da Nação.
Dá pra notar que essa moça anda muito nervosa. O salário de senadora vai lhe fazer muita falta. O maior sacrifício ao qual ela acha que vai se submeter, todos já sabem, é perder o salário de senadora.
Provavelmente, depois de se acostumar com o salário, jetons e outras vantagens do Senado, Heloísa Helena não iria se readaptar à vida de professora universitária, apesar de apenas voltar a ter uma remuneração e cargo aos quais milhões de brasileiros almejam com muita paixão. Mas o Senado é o Senado. Paciência!
Não consigo entender por que Heloísa Helena se sacrificaria "para outros manterem a trincheira da luta". Imagino que, um sacrifício desses implicaria, pelo menos, a ascensão de aliados ideologicamente mais próximos, que não fizessem o "jogo neoliberal do PT e do PSDB", conforme ela mesma afirma.
Entretanto, no caso de derrota de Lula, seria eleito o candidato do PSDB, com uma política econômica, comprovadamente, entreguista, marcada por privatizações que hoje estão sendo contestadas na Justiça, com fortes indícios de irregularidades.
Quem seria o candidato beneficiado com o "sacrifício" de Heloísa Helena? Para quem ela vai "sublimar" o seu salário, como Jefferson disse que o fez com o seu mandato, ao denunciar o esquema de caixa 2 petista?
"Faz parte da nossa tradição alguém ir para o sacrifício para outros manterem a trincheira da luta", diz Heloísa Helena. Leia-se: Faz parte da canalhice política, alguém ir para o sacrifício a fim de atrapalhar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.
Diz a senadora: "Preferia ser candidata em Alagoas" (ao governo do Estado). Mas, apesar de o governador Ronaldo Lessa (PDT-AL) acenar com um possível apoio à sua candidatura ao Palácio dos Martírios, sede do governo alagoano, ela acredita que Lessa está mais interessado em ver o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), atual presidente do Senado, substituí-lo na administração estadual.
Sobra para Heloísa Helena, como ela mesma reconhece, o papel de atrapalhar a reeleição de Lula, candidatando-se à Presidência pelo seu PSOL, ciente das conseqüências da atitude.
"Não podemos ficar em 2006 estatelados diante do jogo neoliberal do PT e do PSDB. Faz parte da nossa tradição alguém ir para o sacrifício para outros manterem a trincheira da luta".
Se eu não vencer, vou deixar o salário de senadora pelo de professora universitária em Alagoas, uma decisão que afeta minha família, mas paciência", lamenta Heloísa Helena PSOL-AL.
E ela ainda faz aquela pose toda de quem está preocupada com os destinos da Nação.
Dá pra notar que essa moça anda muito nervosa. O salário de senadora vai lhe fazer muita falta. O maior sacrifício ao qual ela acha que vai se submeter, todos já sabem, é perder o salário de senadora.
Provavelmente, depois de se acostumar com o salário, jetons e outras vantagens do Senado, Heloísa Helena não iria se readaptar à vida de professora universitária, apesar de apenas voltar a ter uma remuneração e cargo aos quais milhões de brasileiros almejam com muita paixão. Mas o Senado é o Senado. Paciência!
Não consigo entender por que Heloísa Helena se sacrificaria "para outros manterem a trincheira da luta". Imagino que, um sacrifício desses implicaria, pelo menos, a ascensão de aliados ideologicamente mais próximos, que não fizessem o "jogo neoliberal do PT e do PSDB", conforme ela mesma afirma.
Entretanto, no caso de derrota de Lula, seria eleito o candidato do PSDB, com uma política econômica, comprovadamente, entreguista, marcada por privatizações que hoje estão sendo contestadas na Justiça, com fortes indícios de irregularidades.
Quem seria o candidato beneficiado com o "sacrifício" de Heloísa Helena? Para quem ela vai "sublimar" o seu salário, como Jefferson disse que o fez com o seu mandato, ao denunciar o esquema de caixa 2 petista?
"Faz parte da nossa tradição alguém ir para o sacrifício para outros manterem a trincheira da luta", diz Heloísa Helena. Leia-se: Faz parte da canalhice política, alguém ir para o sacrifício a fim de atrapalhar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula: "Corrupção só aparece porque governo fiscaliza"
O presidente Lula, candidato à reeleição, disse nesta quinta-feira, em entrevista à rádio CBN, que escândalos de corrupção envolvendo desvio de verbas públicas, como o da máfia dos sanguessugas, só vêm à tona por que o governo federal está fiscalizando.
- É importante a sociedade saber que as coisas aparecem porque o governo federal começou a fiscalizar. E vamos fiscalizar muito mais. Foi o governo federal, por meio da CGU, que fez a denúncia e começou a investigar - lembrou o presidente, fazendo referência ao escândalo dos sanguessugas.
Lula ressaltou ainda a importância do sigilo no início das investigações, para não atrapalhar a apuração dos fatos.
- A investigação foi sigilosa porque não podemos espantar as andorinhas. Quando a investigação vira manchete, espanta os pássaros e começa a revoada. Nós queremos pegar a ninhada inteira. E estamos pegando. Por isso, aumentamos o efetivo da Polícia Federal e modernizamos a CGU.
Nós temos uma máquina que vem da Proclamação da República, do Império. E ela está sendo alterada. É necessidade do Estado ter uma máquina sadia.
- É importante a sociedade saber que as coisas aparecem porque o governo federal começou a fiscalizar. E vamos fiscalizar muito mais. Foi o governo federal, por meio da CGU, que fez a denúncia e começou a investigar - lembrou o presidente, fazendo referência ao escândalo dos sanguessugas.
Lula ressaltou ainda a importância do sigilo no início das investigações, para não atrapalhar a apuração dos fatos.
- A investigação foi sigilosa porque não podemos espantar as andorinhas. Quando a investigação vira manchete, espanta os pássaros e começa a revoada. Nós queremos pegar a ninhada inteira. E estamos pegando. Por isso, aumentamos o efetivo da Polícia Federal e modernizamos a CGU.
Nós temos uma máquina que vem da Proclamação da República, do Império. E ela está sendo alterada. É necessidade do Estado ter uma máquina sadia.
28 julho 2006
Ações do Governo Lula no caso “SANGUESSUGAS”
O esquema criminoso na venda de Unidades Móveis de Saúde (ambulâncias) às prefeituras existia e operava, segundo se apurou e agora se sabe, pelo menos desde o ano 2000 e, provavelmente, desde 1998 ou antes.
O esquema só foi descoberto porque houve atuação correta e eficaz dos órgãos do Governo, a partir de 2003/2004.
A CGU identificou nas suas fiscalizações do uso de recursos federais nos municípios de todo o País (o Programa de Fiscalizações por Sorteios), inicialmente em municípios de Rondônia, em 2003/2004, a repetição de um mesmo modus operandi , envolvendo empresas pertencentes a pessoas ligadas por parentesco, participando de licitações forjadas ou fraudadas, e vendendo a preços superfaturados ou entregando objetos distintos dos especificados (Doc. 01).
Em seguida, estendeu-se o foco das auditorias para outros Estados e identificou-se a presença das mesmas empresas e procedimentos (Doc. 02 - arquivo em PDF).
Ante o que pareceu ser um esquema organizado em âmbito nacional, a CGU pediu à Policia Federal a abertura de Inquérito, no final de 2004. A CGU continuou a encaminhar à PF as descobertas que se sucediam em outros municípios e estados.
A PF instaurou o Inquérito no Mato Grosso (Cuiabá), por lá estar situada a sede do Grupo PLANAM, de que fazem parte empresas como a Santa Maria, a Klass, Comercial Rodrigues, e várias outras. O Delegado Tardeli Boaventura passou a conduzir os inquéritos, em permanente comunicação com a CGU, solicitando, inclusive, o máximo sigilo a respeito do assunto, de modo a não prejudicar as investigações. A PF obteve a necessária autorização judicial para instalação de escutas, que resultaram na revelação completa do esquema, que envolvia as empresas do Grupo, devidamente combinadas, prefeitos, parlamentares e alguns servidores do Ministério da Saúde – até agora, 3 identificados, contra os quais já foram abertos Processos Administrativos Disciplinares no Ministério, com acompanhamento da CGU.
O Ministério Público Federal foi também informado, como ocorre, rotineiramente, no atual Governo, com todas as constatações de ilícitos feitas pela CGU. Além disso, o MPF em Mato Grosso já havia instaurado procedimento apuratório, a partir da autuação fiscal de empresas do mesmo grupo pela Secretaria da Receita Federal.
As investigação, incluindo as escutas, duraram pouco mais de um ano (o ano de 2005) e, no início de 2006, foi deflagrada a Operação, que a PF batizou de Sanguessugas, com prisões e apreensão de documentos diversos.
A CGU e a PF prosseguiram, então, na análise da documentação e computadores apreendidos, o que permitiu fosse finalizada a instrução dos inquéritos policiais.
A CGU, em articulação com o Ministério da Saúde, recolheu (nos Núcleos do Ministério da Saúde nos Estados) mais de 3 mil Prestações de Contas dos Convênios já executados, em todos os Estados do País (Doc. 05).
Da análise dos auditores sobre esse material resultaram planilhas, com o cruzamento de dados mais relevantes, os quais registram desde a emenda correspondente até a identificação das empresas vencedoras das “licitações”. Este é um trabalho, que se encontra em curso, permite, por exemplo, identificar os maiores autores de emendas que beneficiaram a PLANAM (Doc. 06).
Em paralelo, foi aberta pela CGU uma Auditoria Especial no Ministério da Saúde, com total apoio do Ministro daquela Pasta, na qual se pretende mapear, entre outras coisas, todos os passos da tramitação das emendas, da aprovação dos projetos ao exame das prestações de contas, passando pela celebração e execução dos convênios.
A seu turno, o Tribunal de Contas da União baixou a Ordem de Serviço – SEGECEX n 10, de 3 de julho de 2006, constituindo Grupo de Trabalho com o objetivo de, em coordenação com a CGU, definir a forma e os conteúdos mínimos relativos aos processos que venham a ser encaminhados ao Tribunal, a fim e buscar assegurar a restituição dos recursos desviados e a responsabilização administrativa dos envolvidos.
Por outro lado, a CPMI, uma vez instalada, passou a solicitar diversas informações à CGU e à PF e tem sido devidamente atendida.
Os contatos com o Ministério Público passaram a ser centralizados pelo Procurador-Geral da República, o Dr. Antonio Fernando Barros, com quem já foram mantidas reuniões, inclusive com a presença do Ministro da CGU e do Diretor-Geral da PF, para a máxima racionalização dos esforços e compartilhamento de informações.
Registre-se, enfim, que a PLANAM existe desde 1993; expandiu-se e criou outras empresas interligadas, especialmente para vender ambulâncias a prefeituras, a partir de 1998, quando abriu a Santa Maria, conforme divulgado pela imprensa. O “negócio” do Grupo PLANAM, como se constata agora, prosperou, tranquilamente, durante todo esse tempo, sem nunca ter sido incomodado ou sequer investigado. O fato é que somente no atual governo, após a implantação do sistema da CGU, de Fiscalizações, in loco , dos recursos federais transferidos às Prefeituras, foi que o esquema veio a ser identificado e, com a ação articulada da PF, revelado em toda sua dimensão e mostrado ao País.
Nos levantamentos já realizados, foram encontradas emendas e convênios desde o ano 2000 beneficiando o Grupo PLANAM (Doc. 08 e Doc. 09), porque o período enfocado pela auditoria foi de 5 anos (2000 a 2005). Certamente, se recuarmos mais, vamos encontrar mais, pois, como dito, ela opera no “ramo”, pelo menos desde 1998.
O atual Governo sente-se no dever de fazer esta prestação de contas à sociedade brasileira e mostrar que está cumprindo com o seu dever, tomando iniciativas inéditas de fiscalizar e investigar a fundo, de forma competente e articulada com todas as instituições de defesa do Estado – inclusive fora do Poder Executivo, como sejam o TCU, o MPF e a CPMI – o uso do dinheiro público. Tudo o que se está desvendando agora é, portanto, fruto da iniciativa do próprio Governo, sendo absolutamente inaceitável a inversão das posições e o escamoteamento da verdade (Doc. 10).
O esquema só foi descoberto porque houve atuação correta e eficaz dos órgãos do Governo, a partir de 2003/2004.
A CGU identificou nas suas fiscalizações do uso de recursos federais nos municípios de todo o País (o Programa de Fiscalizações por Sorteios), inicialmente em municípios de Rondônia, em 2003/2004, a repetição de um mesmo modus operandi , envolvendo empresas pertencentes a pessoas ligadas por parentesco, participando de licitações forjadas ou fraudadas, e vendendo a preços superfaturados ou entregando objetos distintos dos especificados (Doc. 01).
Em seguida, estendeu-se o foco das auditorias para outros Estados e identificou-se a presença das mesmas empresas e procedimentos (Doc. 02 - arquivo em PDF).
Ante o que pareceu ser um esquema organizado em âmbito nacional, a CGU pediu à Policia Federal a abertura de Inquérito, no final de 2004. A CGU continuou a encaminhar à PF as descobertas que se sucediam em outros municípios e estados.
A PF instaurou o Inquérito no Mato Grosso (Cuiabá), por lá estar situada a sede do Grupo PLANAM, de que fazem parte empresas como a Santa Maria, a Klass, Comercial Rodrigues, e várias outras. O Delegado Tardeli Boaventura passou a conduzir os inquéritos, em permanente comunicação com a CGU, solicitando, inclusive, o máximo sigilo a respeito do assunto, de modo a não prejudicar as investigações. A PF obteve a necessária autorização judicial para instalação de escutas, que resultaram na revelação completa do esquema, que envolvia as empresas do Grupo, devidamente combinadas, prefeitos, parlamentares e alguns servidores do Ministério da Saúde – até agora, 3 identificados, contra os quais já foram abertos Processos Administrativos Disciplinares no Ministério, com acompanhamento da CGU.
O Ministério Público Federal foi também informado, como ocorre, rotineiramente, no atual Governo, com todas as constatações de ilícitos feitas pela CGU. Além disso, o MPF em Mato Grosso já havia instaurado procedimento apuratório, a partir da autuação fiscal de empresas do mesmo grupo pela Secretaria da Receita Federal.
As investigação, incluindo as escutas, duraram pouco mais de um ano (o ano de 2005) e, no início de 2006, foi deflagrada a Operação, que a PF batizou de Sanguessugas, com prisões e apreensão de documentos diversos.
A CGU e a PF prosseguiram, então, na análise da documentação e computadores apreendidos, o que permitiu fosse finalizada a instrução dos inquéritos policiais.
A CGU, em articulação com o Ministério da Saúde, recolheu (nos Núcleos do Ministério da Saúde nos Estados) mais de 3 mil Prestações de Contas dos Convênios já executados, em todos os Estados do País (Doc. 05).
Da análise dos auditores sobre esse material resultaram planilhas, com o cruzamento de dados mais relevantes, os quais registram desde a emenda correspondente até a identificação das empresas vencedoras das “licitações”. Este é um trabalho, que se encontra em curso, permite, por exemplo, identificar os maiores autores de emendas que beneficiaram a PLANAM (Doc. 06).
Em paralelo, foi aberta pela CGU uma Auditoria Especial no Ministério da Saúde, com total apoio do Ministro daquela Pasta, na qual se pretende mapear, entre outras coisas, todos os passos da tramitação das emendas, da aprovação dos projetos ao exame das prestações de contas, passando pela celebração e execução dos convênios.
A seu turno, o Tribunal de Contas da União baixou a Ordem de Serviço – SEGECEX n 10, de 3 de julho de 2006, constituindo Grupo de Trabalho com o objetivo de, em coordenação com a CGU, definir a forma e os conteúdos mínimos relativos aos processos que venham a ser encaminhados ao Tribunal, a fim e buscar assegurar a restituição dos recursos desviados e a responsabilização administrativa dos envolvidos.
Por outro lado, a CPMI, uma vez instalada, passou a solicitar diversas informações à CGU e à PF e tem sido devidamente atendida.
Os contatos com o Ministério Público passaram a ser centralizados pelo Procurador-Geral da República, o Dr. Antonio Fernando Barros, com quem já foram mantidas reuniões, inclusive com a presença do Ministro da CGU e do Diretor-Geral da PF, para a máxima racionalização dos esforços e compartilhamento de informações.
Registre-se, enfim, que a PLANAM existe desde 1993; expandiu-se e criou outras empresas interligadas, especialmente para vender ambulâncias a prefeituras, a partir de 1998, quando abriu a Santa Maria, conforme divulgado pela imprensa. O “negócio” do Grupo PLANAM, como se constata agora, prosperou, tranquilamente, durante todo esse tempo, sem nunca ter sido incomodado ou sequer investigado. O fato é que somente no atual governo, após a implantação do sistema da CGU, de Fiscalizações, in loco , dos recursos federais transferidos às Prefeituras, foi que o esquema veio a ser identificado e, com a ação articulada da PF, revelado em toda sua dimensão e mostrado ao País.
Nos levantamentos já realizados, foram encontradas emendas e convênios desde o ano 2000 beneficiando o Grupo PLANAM (Doc. 08 e Doc. 09), porque o período enfocado pela auditoria foi de 5 anos (2000 a 2005). Certamente, se recuarmos mais, vamos encontrar mais, pois, como dito, ela opera no “ramo”, pelo menos desde 1998.
O atual Governo sente-se no dever de fazer esta prestação de contas à sociedade brasileira e mostrar que está cumprindo com o seu dever, tomando iniciativas inéditas de fiscalizar e investigar a fundo, de forma competente e articulada com todas as instituições de defesa do Estado – inclusive fora do Poder Executivo, como sejam o TCU, o MPF e a CPMI – o uso do dinheiro público. Tudo o que se está desvendando agora é, portanto, fruto da iniciativa do próprio Governo, sendo absolutamente inaceitável a inversão das posições e o escamoteamento da verdade (Doc. 10).
25 julho 2006
Atriz polivalente
Resta alguma dúvida sobre os verdadeiros motivos dessa moça ter saído do PT? Alguma dúvida do porquê o ACM (também na foto) a indicou como uma das que apoiaram o deputado sócio do Juiz Lalau, na quebra do sigilo do painel eletrônico do Congresso?
Na época a atriz se fez de indignada com seu correligionário, assim como hoje chama de quadrilha aos seus amigos, apesar de, como aqui, não sair do lado deles.
Se eles são os bandidos, qual o papel dessa moça nesse filme? Se é o de cavalo de bandido, qual papel reserva para seus eleitores?
Na época a atriz se fez de indignada com seu correligionário, assim como hoje chama de quadrilha aos seus amigos, apesar de, como aqui, não sair do lado deles.
Se eles são os bandidos, qual o papel dessa moça nesse filme? Se é o de cavalo de bandido, qual papel reserva para seus eleitores?
21 julho 2006
O PT vai usar a internet na campanha para combater a guerra suja
A militância do partido vai usar a internet para fazer campanha para o presidente Lula, e combater a guerra suja.
O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, diz que a utilização das ferramentas disponíveis na internet pode fazer a diferença nas urnas.
Pomar informa que os internautas devem usar durante o processo eleitoral diversas formas para fazer campanha, como mensagens de texto, comunidades em sites de relacionamento, sites e blogs, entre outras ferramentas.
Ele orienta a militância a usar a internet para combater a "guerra suja" que deve ser deflagrada pela oposição para desgastar a imagem do presidente Lula.
"Neste período eleitoral há uma explosão de mensagens e textos com informações falsas, acusações infundadas e por vezes também criminosas, contra os candidatos do PT e, particularmente, contra a candidatura Lula."
Para defender a candidatura de Lula, Pomar orienta a militância a denunciar os ataques para que o PT possa "desconstruir" os ataques.
O PT deve acionar seu departamento jurídico para se defender dos ataques.
"Prevendo estes ataques e também já se precavendo contra a 'guerra suja', a campanha Lula irá acompanhar os sites, blogs e comunidades de relacionamento, fornecendo informações e respondendo às mentiras propagadas. Os e-mails com acusações e difamações também terão respostas", orienta Pomar.
O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, diz que a utilização das ferramentas disponíveis na internet pode fazer a diferença nas urnas.
Pomar informa que os internautas devem usar durante o processo eleitoral diversas formas para fazer campanha, como mensagens de texto, comunidades em sites de relacionamento, sites e blogs, entre outras ferramentas.
Ele orienta a militância a usar a internet para combater a "guerra suja" que deve ser deflagrada pela oposição para desgastar a imagem do presidente Lula.
"Neste período eleitoral há uma explosão de mensagens e textos com informações falsas, acusações infundadas e por vezes também criminosas, contra os candidatos do PT e, particularmente, contra a candidatura Lula."
Para defender a candidatura de Lula, Pomar orienta a militância a denunciar os ataques para que o PT possa "desconstruir" os ataques.
O PT deve acionar seu departamento jurídico para se defender dos ataques.
"Prevendo estes ataques e também já se precavendo contra a 'guerra suja', a campanha Lula irá acompanhar os sites, blogs e comunidades de relacionamento, fornecendo informações e respondendo às mentiras propagadas. Os e-mails com acusações e difamações também terão respostas", orienta Pomar.
18 julho 2006
Garotinho pode rachar PFL do Rio
O apoio do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB) à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República pode criar um novo conflito na aliança que sustenta a candidatura do tucano. O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que Alckmin terá que escolher entre o apoio do PFL ou de Garotinho no Rio.
Rodrigo Maia considera que se o apoio vingar será o "beijo da morte" para a campanha de Alckmin. "Não tem a menor condição de nós estarmos com Garotinho. O voto individual é uma coisa, mas o apoio político é outra completamente diferente. Nós não nos misturamos, temos políticas e práticas distintas", disse. E continuou: "Se o Alckmin aceitar as práticas de Garotinho e da Rosinha, será difícil acreditar que ele fará um governo sério'.
O apoio de Garotinho a Alckmin vem sendo costurado pelo presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Seria uma forma de reforçar a campanha do tucano no Estado onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem ampla vantagem de votos, segundo as pesquisas.
Conforme aliados de Garotinho, ele ainda estuda se irá anunciar o apoio no primeiro turno, mas é certo que se tiver que optar, o peemedebista irá trabalhar por Alckmin. Garotinho culpa o PT por não ter conseguido se candidatar à Presidência pelo PMDB.
Fonte: Folha Online
Rodrigo Maia considera que se o apoio vingar será o "beijo da morte" para a campanha de Alckmin. "Não tem a menor condição de nós estarmos com Garotinho. O voto individual é uma coisa, mas o apoio político é outra completamente diferente. Nós não nos misturamos, temos políticas e práticas distintas", disse. E continuou: "Se o Alckmin aceitar as práticas de Garotinho e da Rosinha, será difícil acreditar que ele fará um governo sério'.
O apoio de Garotinho a Alckmin vem sendo costurado pelo presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Seria uma forma de reforçar a campanha do tucano no Estado onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem ampla vantagem de votos, segundo as pesquisas.
Conforme aliados de Garotinho, ele ainda estuda se irá anunciar o apoio no primeiro turno, mas é certo que se tiver que optar, o peemedebista irá trabalhar por Alckmin. Garotinho culpa o PT por não ter conseguido se candidatar à Presidência pelo PMDB.
Fonte: Folha Online
05 julho 2006
Esquema dos Sanguessugas é maior do que se imaginava
Com base nos depoimentos do delegado da Polícia Federal Tardelli Boaventura e do procurador federal de Mato Grosso Mario Lúcio Avelar, tornou-se inequívoco que o esquema funcionava não só no Ministério da Saúde, mas também no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), envolvendo o transporte escolar, e no Ministério da Ciência e Tecnologia, envolvendo a inclusão digital.
Diante desses fatos, pode sair uma recomendação da CPMI para a criação de uma outra CPI ou pode se optar pela ampliação do foco da atual comissão, com a aprovação do Plenário.
Segundo o procurador, há entre 250 e 300 prefeituras envolvidas e cerca de 60 parlamentares com condição de indiciamento.
O esquema teria iniciado em 1999, no governo tucano de FHC.
Diante desses fatos, pode sair uma recomendação da CPMI para a criação de uma outra CPI ou pode se optar pela ampliação do foco da atual comissão, com a aprovação do Plenário.
Segundo o procurador, há entre 250 e 300 prefeituras envolvidas e cerca de 60 parlamentares com condição de indiciamento.
O esquema teria iniciado em 1999, no governo tucano de FHC.
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