20 agosto 2006

Chute no pau da barraca

Geraldo Alckmin, ignorou a crise de sua campanha e afirmou ontem que vai manter seu estilo. "Vou manter o estilo paz, amor e trabalho, que é o que está faltando aí", afirmou ao desembarcar em Teresina (PI), no final da manhã. "Não vou fazer uma campanha errática. Não vou fazer campanha baseada em pesquisa. Vou fazer campanha falando do Brasil, mostrando que o Brasil pode avançar mais", avisou.

Alckmin evitou os problemas internos de sua campanha e esquivou-se de tecer comentários sobre as declarações do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que um dia elevou a temperatura da crise ao cobrar do candidato mais críticas ao principal adversário, o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

Na chegada a Teresina, Alckmin também minimizou o fato de as campanhas do PSDB em pelo menos seis Estados (SP, MG, PE, CE, RS e PR) não fazerem referências à sua candidatura. "Não tem problema nenhum. A campanha estadual é uma coisa, a federal é outra", insistiu.

Apesar do discurso do tucano, os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do PFL, Jorge Bornhausen (SC), já determinaram aos comandos estaduais das siglas que incluam o nome do presidenciável tucano nos programas eleitorais gratuitos dos Estados a partir da semana que vem.

"O Bornhausen já mandou colar o nome dos deputados ao do Alckmin", confirmou o senador José Jorge (PFL-PE), vice de Alckmin. "Na semana que vem a vinheta (com o nome de Alckmin) vai estar nos programas estaduais", acrescentou José Jorge, que junto com o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) recepcionou Alckmin no aeroporto de Teresina ontem. Do PSDB, apenas o candidato a governador do Piauí, Firmino Filho, estava presente no momento que o presidenciável tucano desembarcou no Estado.

Sobre as declarações de ACM, Heráclito afirmou que a crítica pode ser "pedagógica". José Jorge, por sua vez, disse que a campanha terá várias fases. A atual é de apresentar o candidato, segundo ele. "A segunda etapa é uma mistura de propostas e críticas", explicou, acrescentando que o discurso mais aguerrido terá de aparecer. "Como pode a oposição não ter críticas?"

Nenhum comentário: