20 agosto 2006

Tucano nega que é sanguessuga

Em entrevista à revista Veja desta semana, o empresário Luiz Antônio Vedoin traz novas revelações sobre a rede de influência montada pela máfia dos sanguessugas e inclui o nome de um tucano influente, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), entre os supostos beneficiários do esquema.

Vedoin é sócio da Planam, empresa onde foi montada uma central de fraudes para desvio de dinheiro público mediante a compra de ambulâncias superfaturadas por meio de emendas de parlamentares.

Ainda segundo o empresário, Antero se entendeu com o pai dele, Darci Vedoin, e chegou a receber R$ 40 mil de propina, por intermédio do deputado Lino Rossi (PP-MT), encarregado de cooptar parlamentares para a máfia no Congresso. "Meu pai conversou pessoalmente com o senador, que era o líder da bancada do estado. O acordo era para a totalidade das emendas da bancada, que somavam R$ 3,8 milhões. Antero apresentou R$ 400 mil e tínhamos de dar R$ 40 mil de comissão. Ele pediu para passarmos o dinheiro diretamente para o Lino Rossi, que, naquele tempo, era do mesmo partido que ele . Todos ali tinham consciência do que estava sendo feito", disse Vedoin, segundo a Veja.

Ao Estado, Antero disse que esteve com Darci uma vez no Congresso, mas que jamais tratou desse assunto. "Nunca passou pela minha cabeça que parlamentar cobrasse propina por ambulância. Vou interpelar judicialmente o Lino Rossi para que ele diga quando, onde e de que forma me deu 40 mil".

O parlamentar acusa o governador mato-grossense Blairo Maggi (PPS), candidato à reeleição, de ser o patrocinador da acusação e disse que vai processar Vedoin.

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