O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santana, considerou "descabida" a proposta de se exigir a identificação dos usuários de internet, que consta do projeto de lei que tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A proposta está na pauta de votações de amanhã da Comissão e trata de crimes praticados na rede mundial de computadores, como pedofilia e pornografia infantil.
"Essa parte do projeto é ruim e inócua", disse Santana sobre a exigência de identificação. O secretário participou de seminário na Câmara dos Deputados sobre a universalização da internet. Na opinião dele, a identificação se tornará inócua porque acabará levando os brasileiros a utilizarem provedores fora do País, já que a internet não tem fronteiras. A proposta também foi criticada hoje, no mesmo seminário, pelo consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara.
Rogério Santana disse que hoje já é possível chegar às pessoas que cometem crimes pela internet pelo endereço IP, que é um código que identifica o computador que está sendo usado para se conectar à rede. "Essa proposta é uma combinação de um espírito sensor com um desconhecimento do setor", avalia.
Ele acredita que a questão passa necessariamente pela discussão da governança da internet, com a criação de mecanismos mais rápidos de solução de controvérsias. "É preciso ter um fórum para isso. Seria uma OMC (Organização Mundial do Comércio) da internet", afirmou.
07 novembro 2006
06 novembro 2006
Tucanos querem censurar blogs e e-mails
Veja quem quer a censura: logo ele, o "pai" do Valerioduto
Às vésperas da votação na Comissão de Constituição de Justiça do Senado, o substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), pai do valerioduto, O projeto de lei que obriga a identificação dos usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros ponto mais polêmico é a identificação dos internautas que naveguem por serviços brasileiros em que haja interatividade, ou seja, tenham a participação do usuário.
"A junção de vários projetos em um só é um trabalho insano e os resultados podem ficar longe do esperado. Estão querendo reinventar a roda e assim colocar todo um sistema em risco", dizAntónio Tavares, presidente da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet. Afinal, já é possível identificar os autores de cibercrimes, a partir do registro do IP (protocolo internet) utilizado pelos usuários quando fazem uma conexão. O número IP é uma espécie de digital deixada pelos internautas. A partir dele, chega-se ao computador e, por conseguinte, pode-se chegar a um criminoso
Perigos que a insana censura tucana pode trazer
Os bancos de dados com informações de cunho pessoal podem ficar expostos a uma possível devassa judicial, além do risco de extravio para fins ilegais.
As obrigações excessivas impostas pelo projeto, apontam as entidades provedoras, vai custar mais para as empresas e os usuários podem ter de pagar mais pelos serviços.
Lobby
O relator do projeto é o criador do valérioduto senador Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas Gerais. O mentor das mudanças é o assessor de Azeredo José Henrique Portugal, ex-dirigente do Serpro, estatal federal de processamento de dados. O presidente da ONG Safernet diz que, por trás da identificação e da certificação prévias dos usuários da internet, está o lobby das empresas de certificação digital, espécie de cartórios virtuais, que atestam a veracidade de informações veiculadas pela internet. De acordo com ele, o projeto está na contramão da democratização do acesso à internet, ou inclusão digital, pretendida pelo governo.
Com informações de Maurício, do blog PTlhando
Às vésperas da votação na Comissão de Constituição de Justiça do Senado, o substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), pai do valerioduto, O projeto de lei que obriga a identificação dos usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros ponto mais polêmico é a identificação dos internautas que naveguem por serviços brasileiros em que haja interatividade, ou seja, tenham a participação do usuário.
"A junção de vários projetos em um só é um trabalho insano e os resultados podem ficar longe do esperado. Estão querendo reinventar a roda e assim colocar todo um sistema em risco", dizAntónio Tavares, presidente da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet. Afinal, já é possível identificar os autores de cibercrimes, a partir do registro do IP (protocolo internet) utilizado pelos usuários quando fazem uma conexão. O número IP é uma espécie de digital deixada pelos internautas. A partir dele, chega-se ao computador e, por conseguinte, pode-se chegar a um criminoso
Perigos que a insana censura tucana pode trazer
Os bancos de dados com informações de cunho pessoal podem ficar expostos a uma possível devassa judicial, além do risco de extravio para fins ilegais.
As obrigações excessivas impostas pelo projeto, apontam as entidades provedoras, vai custar mais para as empresas e os usuários podem ter de pagar mais pelos serviços.
Lobby
O relator do projeto é o criador do valérioduto senador Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas Gerais. O mentor das mudanças é o assessor de Azeredo José Henrique Portugal, ex-dirigente do Serpro, estatal federal de processamento de dados. O presidente da ONG Safernet diz que, por trás da identificação e da certificação prévias dos usuários da internet, está o lobby das empresas de certificação digital, espécie de cartórios virtuais, que atestam a veracidade de informações veiculadas pela internet. De acordo com ele, o projeto está na contramão da democratização do acesso à internet, ou inclusão digital, pretendida pelo governo.
Com informações de Maurício, do blog PTlhando
Assinar:
Postagens (Atom)